sexta-feira, 28 de agosto de 2015

Deerclops, qual é o seu problema?

Desde que ganhei o Don't Starve Together, eu tenho jogado bem com as meninas. Então, o jogo recebeu a atualização dos Gigantes e, finalmente, o nosso querido Deerclops aparece todo o inverno.

Quando jogava com mod, o jogo acabava tornando-se fácil e cansativo. O Deerclops era facilmente derrotado e seguíamos as nossas vidas sem maiores preocupações. Então, certa vez a Mit falou para jogarmos sem mod, só com as personagens originais do jogo. Eu topei, era verdade que desde que comecei a jogar, eu nunca tinha jogado com nenhuma das originais, eu sempre pegava algum mod legal.

Desde então, foi assim que redescobri como esse jogo é difícil e extremamente divertido.

Eu não lembro a ordem exata. Certa vez, o Deerclops destruiu nosso acampamento. Depois disso, passamos a murar tudo para retardar o boss. Sabíamos que uma muralha de palha não ia detê-lo, mas atrasá-lo para que ele não destruísse a base, já era uma ajuda. Conseguimos fazer com que ele brigasse com um Treeguard e o Deerclops encontrou seu destino numa Spider-Queen. Bem feito, papudo.

Senti uma grande vitória ao derrotá-lo. E também, foi muito divertido. MUITO DIVERTIDO.

Nosso último embate com ele se deu essa semana. Novo mapa, novo mundo, um bioma de pedras com muitas aranhas. Sem ter como fazer o controle delas - e vejam só, eu não me importo porque jogo com o Webber - ficamos preocupadas do Deerclops ser derrotado pelas Spider-Queens que habitavam o bioma e perdemos o olho dele - necessário para o melhor chapéu do verão.

Ficamos super preocupadas. Mas o Deerclops não segue uma lógica certa quando eu e ela estamos jogando, ele sempre faz outra coisa e não é o que planejamos. Dessa vez, crentes que ele seria facilmente derrotado pelas aranhas, tivemos uma lição que ele não só mata 3 Spider-Queens, como um mob de Hounds e mais aranhas.

Parabéns, Deerclops! Jamais subestimarei você novamente, meu querido. Vive em meu coração e estamos juntos para o próximo inverno.
E que não me deixe mais falar mal dele, segue as 3 screenshots da gravação da nossa batalha épica contra ele.






Deerclops, afinal qual é o seu problema conosco? E um abraço no coração. (quem sabe assim, a gente tenha mais sorte da próxima vez!)

domingo, 23 de agosto de 2015

Ocupação da Paulista

Hoje eu fui andar de bicicleta com meu pai e meu irmão mais velho. Passamos logo cedo pela Paulista e não havia tantas pessoas. Depois de nossa volta habitual no Minhocão e no Centro da cidade, voltamos a Paulista quando ela estava fechada para os carros e o uso de bicicletas e pedestres tomava a avenida.

Apesar de saber da importância da Paulista como via de ambulância, sou a favor dessas intervenções e de que a avenida seja fechada ao lazer (tanto porque eu acredito que havia uma faixa lá para carros e para ambulâncias). Enquanto estava andando com a bicicleta, olhava ao redor, as pessoas pareciam felizes por estarem ocupando a avenida e a grande maioria estava respeitando as normas de trânsito e dando o espaço dos pedestres nas faixas. 

Digo a grande maioria porque sabemos que não somos respeitosos no trânsito. De qualquer forma, muitos de nós tentamos.

Não era um evento bem organizado, mas sabemos que está no começo do processo e que ele pode ser bagunçado a principio e que depois, vai tomando sua forma. O importante é que havia centenas de pessoas e todas estavam ocupando aquele espaço conhecido e que todos amamos.

Claro, nem sempre todos estão felizes. Eu ouvi comentário realmente muito tristes. Uma mulher estava reclamando porque os pedestres não podiam usar a ilha da Paulista, que agora é a ciclovia. Pacientemente, o homem que a acompanhava disse que não era para pedestres andarem lá, que o lugar deles é na calçada. Nada mais óbvio do que isso. A mulher reclamou mais, dizendo que era absurdo. Não ouvi o restante da conversa, mas fiquei pensando sobre isso. O que é tão absurdo? A rua é dos carros, a ciclovia é das bicicletas, a faixa exclusiva é dos ônibus, a calçada é dos pedestres. Ou ela anda pela rua e faixas exclusivas porque é absurdo que pertençam a esses a carros e ônibus? A bicicleta é um meio de transporte também.

Apesar disso, eu sei que as obras das ciclovias não são perfeitas, que precisam de melhorias. Mas ao menos, elas existem. Nunca vai agradar todo mundo, principalmente as pessoas que não sabem caminhar e fazem tudo de carro. A mobilidade precisa existir para todos e não somente para os que tem carros. As faixas exclusivas de ônibus sempre são alvo de reclamações, mas quem as utiliza com o transporte público não reclama porque elas são necessárias.

São Paulo é essa coisa caótica, todo mundo que mora aqui sabe disso. Mas ficar reclamando sem propor nada não ajuda no estado de caos. Isso não somente no trânsito paulistano, mas em todas as demais coisas.

Eu gostaria de mais apoio as obras e mais gentileza no trânsito.
Grande sonho, não?

quinta-feira, 23 de julho de 2015

Eu quero muito jogar isso - Payday x L4D1

Ontem eu estava jogando Payday The Heist com o Yudi e fomos jogar a fase No Mercy. Tamanha foi a minha surpresa por saber que essa fase é crossover com o Left 4 Dead 1. O hospital Mercy é reproduzido com todos os detalhes. Claro que fiquei super animada.

"I never liked hospitals much, and I like sewers even less. But I do love a chopper taking me out of a hell hole. So we went through the bowels of the city to get to the hospital and to a chopper sent from heaven."

Quando o Yudi falou que o Bill estava no elevador, eu quis tirar minha própria SS, mas sabe-se lá porque, meu F12 (tecla padrão do Steam para capturar as SS) não funciona nesse jogo. O que é ruim, porque o Hoxton, meu favorito, super senta like a diva na sala de espera e eu QUIS muito tirar uma SS dele.

E apesar do Hoxton ser meu favorito, eu jogo com o Wolf porque eu shippo os dois. Sim, isso mesmo. Eu sou dessas que escutei Hoxtilicious e fiquei "como assim, Wolfie?" HAHAHAHAHA. Mas tudo bem, eu não estou sozinha nessa fandom, tem mais gente que acha isso divertido ♥

De qualquer modo, essa fase do Payday seria uma prévia antes dos acontecimentos do L4D, com eles indo roubar uma amostra de sangue contaminado do hospital. O mesmo hospital que aparece na primeira fase do L4D1 e que está todo destruído e ensanguentado.

Mas isso é somente um crossover, não canon. O pessoal da Overkill deixou claro que era apenas uma fase em colaboração com a Valve e não uma pré sequencia dos eventos de L4D - uma pena. Isso seria fantástico. Acredito que todos os fãs ficaram alucinados na época e queriam que fosse canon hahaha.

No final, a conclusão é: everybody loves L4D.

quarta-feira, 27 de maio de 2015

EU QUERO JOGAR ISSO! - Mods

Por que amar Mods? O Steam oferece uma oficina maravilhosa para melhoria e modificação dos jogos.

Como não querer jogar Don't Starve Together sendo que tem esse mod? Gordon no jogo? Quem não quer! Um clássico. AMEI esse mod.


E num dos meus jogos favoritos, L4D2, esses mods são ótimos para divertir ainda mais o jogo:


E esse das vocaloids eu uso porque é lindo! Super bem feito, textura linda, personagens bonitas que ficam sujas de sangue.


terça-feira, 26 de maio de 2015

Momento: EU QUERO JOGAR ISSO!

E vou estrear uma nova série no meu blog porque eu sou mesmo pessoa que adora jogar!

Mas como não olhar para isso e querer jogar????

 

Mistura dois dos meus jogos favoritos: RE6 e L4D2.

Pega esse Ellis fazendo pose e esse Leon tomando uma surra da Witch! PERFEITO!
(Sem querer comentar que o Chris é quase um Tank com essa mutação que ele sofreu no jogo 6...)

Eu não joguei The Mercenaries no RE6 por motivos de: eu jogo com o Samus e não quero estragar o save!
Mas eu jogo no RE5 e todos dão viva ao Chris mega forte matando todo mundo.

Achei esse vídeo enquanto olhava uma lista de melhor FPS que listava DOOM em primeiro (justo!) e Half Life em segundo (perfeito!).

sexta-feira, 22 de maio de 2015

E mudei

Desde que eu comprei esse notebook, tenho usado a mesma imagem de fundo. Uma que eu amo tanto e que me trouxe tanta alegria.


KoKame sempre será meu OTP favorito e gente, sem discussões, é a imagem mais linda de todas. Ai como KoKame é perfeito ahsd saiodsoidj sjdsi aoj!!!!!!!

Mas dada a minha atual condição, eu resolvi mudar. E não porque KoKame não seja a melhor coisa do universo, mas porque eu fiquei apaixonada por essa imagem do Jacob e sua trupe... Assassin's Creed é uma das minhas franquias de jogo favoritas (Deuses, que jogos lindos ♥). E gente, tem cartola e bengala estilizada. Além de eu achar que o Jacob é muito afetado e um almofadinha. Meu assassino favorito ainda é o Ezio "(Craudia~" https://youtu.be/YaXCqM75LZg?t=32s).


Dai mudei. Depois de uns... 4 anos? Hahahah eu raramente mudo as coisas, fico sempre com as mesmas fotos, com os mesmos fundos e tudo mais. Como é um raro momento, tive que relatar.


Atualização

Depois de discutir assuntos delicados com meu grande amigo Samus, ficamos com a sensação que o tópico do facebook que trata da denuncia do senpai é tipo:


Gente, fala sério.

Algumas das falas não fazem sentido. (e não, eu não vou explicitar nada, é apenas um "desabafo")
Não adianta mesmo você tentar explicar que o bom senso é bom porque as pessoas gostam de taxar todo mundo. Se quer bom senso, está errado e está contra tudo o que a pessoa acredita ser bom, ou seja, você é um monstro e inimigo.

Ainda acho que todos que postam denúncias na internet sem estarem ligadas a órgãos que são oficiais e dignos de fazer investigação e acusações são irresponsáveis. Desculpa, se você acha que não, tudo bem, cada um tem seu direito de achar o que pensar ser melhor, mas eu vou continuar achando.

Seria uma péssima historiadora se não encontrasse paralelos disso dentro da História. Quantos boatos não mataram ao longo da história? Que dirá minhas irmãs em religião que foram mortas por homens odiosos...

É lamentável.

Enquanto esses casos foram mantidos no pessoal, isso não avança. Somente no grande que avança gente. Ficar na internet, escrevendo de casa, como você é contra alguma coisa, não diz nada. Agora sair na rua e se reunir a mais que acreditam nisso, é mesmo outra história.

Enfim, fica mais do mesmo sempre.
Mas tive que postar o Dredd... Quem nunca encontrou alguém assim? O senhor da verdade, de toda a certeza do mundo e que não consegue perceber que o ato errado é maior do que ele acha que é? No facebook tá cheio.
Deve ser um dos motivos por eu ter tanta raiva dessa rede social.

quinta-feira, 21 de maio de 2015

Colocaram a cabeça a prêmio e agora?

Ontem eu tive o desprazer de receber uma notícia que muito me chocou. Sem entrar em maiores detalhes, posso dizer que o senpai foi acusado nas redes sociais por 3 anos de agressão a sua companheira, além de ameaça de homicídio e de viver as custas do trabalho dela por todos esses anos.

Primeiro que eu achei meio impossível de acreditar. E minha descrença se une com os demais que conheciam o senpai. Foi a reação inicial. Afinal, o senpai foi uma das pessoas mais gentis e educadas que eu já conheci, e pelo o que me consta, ser educado e gentil em nada se compara a ser legal. Para uma pessoa que defendia todas as frentes, que sempre esteve engajados nas lutas do movimento estudantil na faculdade e que vivia dizendo que eu deveria relaxar, é muito ter uma acusação dessas.

Meu lado de kouhai falou mais alto e após lembrar de tantas conversas, ficou claro que a pessoa narrada naquela acusação era um ser bem distinto do que eu tinha convivido na faculdade. Passou-e horas de pura descrença, pensando e pensando.

O senpai poderia mesmo ter feito isso? Eu fiquei me perguntando. Claro, isso somente pelo meu lado de amiga. Então a visão estendeu-se a tudo. Uma grave acusação de agressão doméstica foi feita num tumblr e a internet é um lugar muito (muito) grande.

Temos a narração com uma grande tendência a condenação do que a uma denúncia em si. E esse é o problema. É uma grave denuncia feita na internet. E então? Lá diz que o senpai fugiu para Minas. E tudo o que todos temos é apenas essa denuncia.

Então, como tenho pensando muito nisso e tenho muito carinho pelo senpai, eu resolvi fazer esse post para tirar essas coisas da minha mente. Não posso lidar com isso de forma pura, não porque eu não ache que o senpai fez isso, mas porque eu acredito piamente que é errado por isso nas redes sociais. Para esclarecer meus pensamentos para mim mesma, posso lidar com tópicos.

O senpai teria feito isso?
Não. Ele era uma pessoa gentil e educada.
Sim. Os Deuses sabem que maldade despertou/veio a tona/começou a existir nele para tal ato.


Saindo do figura do senpai, isso não quer dizer nada na verdade. A grande parte dos agressores tem comportamento amáveis com todos e são verdeiros demônios com suas companheiras. Os motivos são os mais variados: bebida, droga, sadismo, controle.
Como dizem: ninguém sabe como é dentro de 4 paredes porque cada um é um nesse momento.

Alguns agressores são tão agradáveis com as vítimas depois que elas acreditam que eles vão mudar, mas eles não mudam, Eles sempre voltam a agredir (ou a grande parte deles).

E a vítima?
Afinal, houve uma acusação e se há uma acusação, há uma vítima.
A descrição do que ela passou durante 3 anos foi de puro horror. Mas infelizmente, é uma descrição da vida de muitas mulheres.

Segundos estudos, a mulher fica com o homem agressor por dois motivos básicos (e eu estou simplificando tudo aqui): um é o amor. Ele é um ótimo cara quando não está me espancando. O amor deve superar essa fase ruim. Talvez eu tenha feito algo mesmo para merecer esse tapa. E meu filho? Não posso deixar meu marido por causa da minha criança.
O outro fator é o medo. O que vou fazer? Se eu denunciar, ele disse que me mata? E meu filho? Não posso deixá-lo aqui e não tenho para onde ir.
Além da grande tortura psicológica que essa mulher agredida sofre todos os dias por ter um companheiro violento, tem ainda o descaso da sociedade. Afinal, ninguém tem que meter a colher na relação dos outros, não é mais ou menos assim o ditado? Ela mereceu. Por que não foi embora? Devia ter ido embora, mas eu não ia ajudar ela porque eu não tenho nada a ver com isso.

Dado as especulativas, ninguém pode saber o que se resolveu desse caso em específico. Enfim, o caso sugere investigação e punição se confirmado a agressão. Como mulher, obviamente sou solidária as iguais a mim por entender a pressão que a sociedade machista exerce nas mulheres. Como cidadã, eu sei que é um abuso que as autoridades não possam tomar alguma medida. Não é raro os casos de mulheres assassinadas por ex/companheiros violentos, mesmo com a denúncia feita pela vítima. E em algum desses casos, vemos a punição para o assassino.

Postar na internet?
Bem, está ai o ponto que não posso concordar.

Minha experiência pessoal diz que não é nosso poder julgar ninguém. Qualquer um pode ser um assassino, um violentador, alguém ruim. Inclusive eu. Essa é a minha prerrogativa.
(além do mais, toda vez que julgo alguém, eu sofro algum tipo de acidente >.<' então, raramente o faço e quando o faço, eu trato de me retratar antes de falar algo para não ter as consequências da Lei Divina que estou sujeita)

A Internet é um lugar muito grande. As redes sociais tem tantos tentáculos que nem sendo criança você poderia imaginar uma quantidade dessas. Então, a acusação foi feita por um coletivo e postado no tumblr e teve o alcance no facebook, onde foi que recebi o link. Assim como eu, milhares de pessoas já devem ter lido e tirado suas próprias conclusões. E como dito, apesar de assinar como denúncia, era uma condenação.

E quem não conhece casos de boatos na internet que resultaram em linchamentos? As pessoas estão enervadas, um boato desses é tudo o que elas precisam para verdadeiras caçadas humanas. Casos de pessoas que foram acusadas de sequestrar crianças e que foram espancadas violentamente até a morte e o registro disso foi parar no youtube. Porque não basta participar da barbárie, vamos espalhar por ai e deixar claro que quero likes nisso.

Como minha amiga disse: isso é muita raiva.
É, é sim,

Justiça não deve ser confundida com vingança. Que sempre fique claro.

Como se não bastasse a gravidade de tudo, ainda colocaram esse post para ser debatido no amigável facebook. O que me deixou ainda mais perplexa é que as pessoas não leem as coisas, elas passam o olho por cima e concluem tudo. É o imediatismo da minha resposta em cima da sua, mesmo que eu não faça a menor ideia do que você escreveu.
Ah gente, dai não dá para acompanhar. O caso é grave, claro que é, então, mostrar sua surpresa é tido: você está desmerecendo a vítima. Você querer fatos a respeito disso é: você está desmerecendo as mulheres. Você estar chocado é: oi acorda, qualquer um pode ser um monstro.
E alguém disse isso mesmo? Alguém defendeu? Alguém disse que era mentira?
Quando a parte do linchamento entrou em discussão, eu li "mas ninguém quer isso". Você bota a foto dele na internet o acusando de atos hediondos contra uma mulher e acha que todo mundo vai ler e curtir? Que ninguém vai atrás dele com uma foice querendo beber o sangue dele? Confirmado ou não a agressão, isso pode acontecer, porque já aconteceu antes e ainda vai acontecer.

Lembrando novamente: justiça não é vingança. E nosso país já tem pena capital, então não se preocupe com os finais. Ainda mais com uma foto dessas circulando por ai.

Então, volto ao porque de escrever isso. Eu estava ficando louca. Claro que o senpai é meu amigo e eu estou odiando a acusação, mas não estou desmerecendo ela. Uma acusação desse calibre deve ser investigada porque senão fica como boataria na net - e isso não desmerece de forma alguma o testemunho da vítima, a vida é assim, não é porque eu falei que é verdade (no entanto, também não é mentira), precisa de uma investigação.
Se o senpai fez tais coisas, ele deve pagar. Mas não sou eu que vou aplicar a punição porque eu não tenho poder para isso. 
É mais um triste caso de violência doméstica, a cada 2 minutos uma mulher é agredida no Brasil. É um dado triste de uma realidade que fechamos os olhos. Nosso sistema falido, com instituições deixadas as traças, com, funcionários corruptos e mal pagos não vai mesmo resolver o problema da violência contra a mulher. O que é chegar em uma delegacia e denunciar uma agressão e ouvir que tem coisa melhor a ser feita do que resolver briga doméstica? Ou que ele estava de cabeça quente, por que não deixa para lá?
Não precisa ser próximo de nós para sabermos como é odioso tal atitude. Qualquer tipo de violência é odiosa.

Ao final, é apenas um desabafo, como se diz (e eu odeio usar essa expressão). A vida é assim: cheia de surpresas. Você nunca sabe o que virá a seguir.
Ao menos serve para reafirmar a máxima: você não conhece ninguém. E não conhece mesmo.

terça-feira, 31 de março de 2015

Música e sonhos

Eu estava assistindo ao BandNews e passou essa reportagem sobre jovens de periferia que foram tocar nos Estados Unidos. A reportagem tem um pouco mais de 5min e mostra a alegria desses músicos da Orquestra Jovem de São Paulo e as dificuldades da garota da reportagem de ter conseguido se ser música.

Isso me lembra as diversas argumentações que ouvi em toda a minha vida que as pessoas pobres não tem condições ou capacidade de serem algo melhor do que a grande maioria da sociedade espera que eles sejam.

Sempre devemos confiar na capacidade das pessoas de piorarem ou de melhorarem. Afinal, já dizia meu onichan "as pessoas sempre podem se virar porque elas não são quadradas".


E sempre uma dádiva para mim ver esse tipo de reportagem quando eu estou tão desacreditada do mundo.



A reportagem segue no link abaixo.


http://bandnewstv.band.uol.com.br/noticias/conteudo.asp?ID=747189&tc=educacao-bolsistas-da-orquestra-jovem-de-sao-paulo-realizam-sonho-de-tocar-nos-estados-unidos

domingo, 15 de março de 2015

[Conto] Soldado

Então, eu pensei naqueles mortos ao meu redor. Em como seus corpos destroçados pelas balas respiravam e se moviam minutos atrás. Então, olhei para minhas mãos, trêmulas e com horror, me dei conta que eu causara isso. O zumbido da arma cessara e do campo eu escutava gemidos e últimos suspiros.

O que havia feito?

Minha causa era mais justa que a deles? Meus atos eram protegidos por deus? Aquelas pessoas, que tinham família em algum lugar, jamais voltariam para casa, jamais voltariam a ver aqueles que por eles aguardavam. E mesmo se não houvesse alguém esperando, as pessoas sempre tinham sonhos, e eu os rompi com a força da metralhadora que ainda estava quente.

O silêncio que se seguiu e a brisa com o cheiro de sangue me deixaram doente. Eu olhava, desolado para o campo a minha frente, soldados caídos por todos os lados. Os uniformes verdes-escuro agora eram tingidos por uma mancha marrom de sangue. Os uniformes impecáveis agora estavam perfurados, sujos e imprestáveis.

O que havia feito?, me perguntei novamente.

Era como estar ali e não estar. A vertiginosa sensação antes do salto de paraquedas. Odiava a altura. Eles tinham me deixado ali, naquele ponto, porque eu odiava altura. Não poderia estar num avião, não poderia ser um franco-atirador e estar no alto com um fuzil. Não suportava altura.

Meus olhos não conseguiam desviar do horror que eu havia causado. Nem mesmo quando eu vi as comportas dos barcos ancorados na praia se abrirem. Deveria atirar neles, como havia feito minutos antes, deveria impedi-los. Eles não poderiam avançar e deus sabe que tinha munição suficiente para detê-los.

Não conseguia me mover e quando vi as pesadas botas dos inimigos tocarem a areia fina da praia e correrem na direção daqueles que estavam mortos, pensei que não queria ter participado disso. E de nada antes disso e o anterior a isso. Eles falavam que eu estava fazendo o bem, mas não era isso que eu sentia. Eu acreditava na Causa, mas agora, parecia inacreditável que o sangue derramado por minhas mãos pudesse salvar minhas crenças.

Minha mão caiu pesada ao lado do meu corpo, enquanto eu caminhava em direção a pequena janela do bunker e olhava a ação a minha frente. Os inimigos vinham em seus uniformes verdes, carregando as pesadas armas. Eles não eram tão diferentes de mim, por que eu deveria odiá-los?

Me esqueci porque brigávamos. Me esqueci de nossas diferenças. Lembrei daquele dia em que minha mãe preparou torta de maçã e eu estava embaixo da árvore, lendo as poesias do meu pai. Lembrei do sorriso dela, cheia de orgulho ao me olhar lendo, enquanto deixava a torta esfriando na janela. Lembrei dos cabelos dourados, encaracolados e presos. Dos olhos escuros, cheios de uma alegria que eu nunca senti. As mãos sempre eram carinhosas. As palavras sempre eram honradas. O que mamãe diria se me visse agora?

As poesias do meu falecido pai sempre falavam do infinito, da bondade de deus e do tempo. Eram sobre o sol nascer, o vento sussurrando a mensagem do nosso senhor, a visão do horizonte no mar. Meu pai havia sido um bom homem, trabalhara a vida toda e escrevia aquelas linhas com uma paixão que eu nunca senti.

Ao olhar aquelas pessoas mortas e ignorar o avanço dos inimigos, eu pensei em meus pais. Quando ouvia minha mãe chorando em sua cama a saudade que sentia do companheiro de longa data, quando eu pensava que meu pai entraria pela porta contente por estar em casa.

Aquelas pessoas deveriam ter visões iguais. Saudades de coisas que não conheciam, saudades do que deixaram para trás. Seus nomes deveriam estar nas orações de alguém, numa lista em algum quartel, com os companheiros que não vieram nesse batalhão. Queria acreditar que havia alguém por eles.

Deus, o que havia feito?

Abandonei meu posto, meu andar pesado me conduziu para fora. A brisa do mar com cheiro de sangue me saudou. Meu corpo movia-se sem sentir nada, preso a uma lembrança que eu nunca possui de verdade. Eu queria chorar e quando dei por mim, meus olhos já estavam marejados.

Eu queria me desculpar. Com eles. Com minha mãe. Comigo.

Os inimigos se tornaram homens na minha frente, viraram pessoas como eu, e enquanto apontavam suas armas para mim, falavam coisas que eu não podia ouvir ou entender. Meus olhos focaram no sol atrás deles, a linha iluminada do horizonte, o mar com ondas calmas. Era sobre aquilo que meu pai tanto escrevia e agora eu podia ver a mesma beleza que ele impunha em suas obras.

Quando fechei meus olhos, eu sorri debilmente, lembrando do meu pai sentado à mesa, escrevendo aquelas coisas, da minha mãe acariciando o cabelo dele e levando café fresco. Lembrei de mim, sentado, observando tudo, sem conseguir pensar em nenhum outro lugar do mundo onde eu quisesse estar.

As balas dos homens que vieram do outro lado do mar me atingiram. Muitas delas. Eu senti pequenas cocegas e cai. Nunca mais levantei.


Mortal Kombat X

Eu estava olhando as novidades no Steam e vi o novo Mortal Kombat. Como sempre, uma grande apresentação. É um jogo com uma grande história e personagens que todos conhecemos e amamos. Eu já deixei de acompanhar essa série de jogos porque não tinha como jogar e não queria ficar querendo jogar.


(eu cortava esse rap de fundo facilmente, mas a cena de ação dos dois é muito boa e até esqueci que tocava isso ><)

Mas também, não me custava nada ter olhado as novas modificações do jogo: a cada fatality sanguinário ou as novas sequencias de combos muito bem feitas. Foi olhando que descobri que colocaram personagens de outras franquias famosas para fazer sua passagem pelo torneio.

Na versão X do jogo, temos o senhor Voorhees, um clássico do terror adolescente:



Claro, incluo um trailer do meu personagem favorito (na verdade eu gosto dele e do Shang Tsung, mas não achei um trailer solo do mago para colocar aqui):



Trailer do modo história do jogo:



É, sempre dá vontade de jogar.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

Irmandade da Adaga Negra

Uia! Como ganhei os livros, estou lendo e postando minhas resenhas do "Pipoca e Café". Percebi que só posto as desgraças do livro, mas são livros divertidos e com uma dinâmica de palavras que me agrada. Eu só aponto o que me irrita porque todas as resenhas que eu li, todo mundo fala bem e aponta as coisas boas. Não é querer ser do contra, quanto tem algo que eu acho muito legal, eu aponto, mas as coisas sem sentido me irritam mais e merecem mais minha atenção do que as coisas legais do livro.

A autora dá alto valor a coisas que ela não explora. O livro do Butch teve um exemplo bem claro disso. Ela ficou falando do Van, como ele entrou na Sociedade Redutora, o que o Sr. X fez para que isso acontecesse. E dai ele morreu. Não entendi o proposito de ficar falando tanto dele para uma morte tão idiota... Outros redutores, sem nome, tiveram mortes mais gloriosas que a dele.

E eu gosto desses livros de ambientações sobrenaturais. Acho divertido ler, eu me divirto muito, os diálogos desses livros são descontraídos e tem grandes cenas. Quando eu escrevo as resenhas, fica até parecendo que não me diverti lendo, mas eu me diverti. E que eu sou uma pessoa chata, uma coisa improvável, que vai contra a natureza do personagem, me irrita demais e eu tenho que falar sobre isso.

De qualquer modo, estou no livro 5.
Porque o V. gosta de mulheres... NÃO SEI AONDE!

Resenhas:

domingo, 18 de janeiro de 2015

Diário de bordo

Diário de bordo do passageiro seis de número dezoito oito quarenta e sete

A nave chegou ao destino B.

Este quadrante tem lindas estrelas e bons planetas. Pousamos num planeta e as habitações lembram casinhas de bonecas.

Estou satisfeita de ter chegado.

Agora, poderei traçar as rotas para os destinos C e D. Asterisco hífen asterisco.

Diário de bordo

Diário de bordo do passageiro seis de número dezoito quatro e doze

As condições atmosféricas sugerem ventos fortes e frio. Fiquei acomodada na área comum da nave enquanto observava sem emoção os demais desafiarem o clima em busca de satisfação dada pela droga que deve ser queimada e tragada. A grande parte dos viajantes da nave faz uso dela.

A sete e oito preferiram conversar a se submeter as ondas que induzem o sono, perturbando-me terrivelmente. Dentro da minha câmara, bati contra o vidro para que notassem minha frágil condição e que parassem de perturbar. O recado foi entendido e pude aproveitar as parcas condições de conforto da minha câmara por horas seguidas.

A nave está parada na estação espacial dois esperando permissão para iniciar a dobra e chegar ao ponto B.

Estou aguardando com certa impaciência a resolução das questões e acordo dos termos de entrada do novo quadrante.

sábado, 17 de janeiro de 2015

Diário de bordo

Diário de borbo do passageiro seis número dezessete vinte
(Sol - 20h - RS)

Diário de bordo

Diário de bordo do passageiro seis de número dezessete quinze quarenta e seis

O diário está com problemas técnicos. Não consigo encontrar um meio de corrigir os arquivos lançados no sistema, então, o diário é reescrito como se fosse novo.

A abundância de água desse lado do sistema planetar me assombrou. Minha terra natal seca e árida parece ainda mais seca e árida.

As construções também me deixaram pensativa. Estilos arquitetônicos pouco usados em minha terra, um novo mundo, sem dúvidas.

A nave parou em uma pequena lua e lá observei a outra dinâmica que os vivos poderiam dar aos mortos. Nunca havia visto um lugar de descanso sem altos muros ou grades. Parece-me que a cultura em relação aqueles que não mais aqui estão permite um lugar como o que eu vi.

A nave também fez uma pausa para reabastecer os tanques com matéria escura num lugar onde o chão e o ar eram feitos de uma substância quente, que queimava as narinas e emitia um calor horripilante pelas pernas - a verdadeira sensação de achar que será cozinhando vivo. Enquanto a nave mantém a criogenia para conservar nossos corpos entre a transição de pontos, a fuselagem resiste bem a ação violenta do lado de fora.

A passageira Oito é um hospital ambulante. Isso explicou as malas nos bancos e toda a confusão que ela e a Sete fizeram. Ela me explicou depois que a questionei do porque de tanta bagagem de mão. Ainda que ela tenha me explicado isso, ainda me pareceu bagunçando o fato dela não ter separado tudo em duas malas ao invés de usar seis malas.

A nave continua seu trajeto até uma das estações espaciais que vão permitir a entrada em outro quadrante do universo. Seguimos bem e em velocidade constante.

(estou com problema de negrito, esse app faz o que bem entende, depois eu corrijo)

Diário de bordo

Diário de bordo do passageiro seis de número dezessete sete e dezessete

A nave fez sua primeira parada. A estação não tem nada demais do que me foi aclamado a princípio. Mais pessoas a bordo.

Apesar das minhas críticas iniciais, o passageiro quatro deveria estar sob efeito de alguma substância ilícita. Ele não sossegou e teve a ousadia de gravar sua própria voz diversas vezes num dos programas de enviar mensagens. Um longo monólogo.

As passageiras Sete e oito subiram com toda as suas bagagens a bordo. Eu não entendi porque tantas malas não foram no compartimento de carga... Ou nos bagageiros suspensos.

Houve um congestionamento cerca de quatro horas atrás. As trilhas que marcavam a escuridão sumiram para dar lugar a luzes vermelhas e ansiosas. Grandes cargueiros ocupavam os lugares seguros.

A nave parece uma crio-câmara gigante. Do lado de fora apenas névoa e jatos de água derretida de algum cometa.

Diário de bordo

Diário de bordo do passageiro seis de número dezessete zero trinta e seis 

A saída da nave ocorreu sem perturbações. Fiquei aliviada de encontrar meu lugar e saber que tem uma vista favorável.

A nave possue incrementos tais que visam proporcionar um boa transição entre os pontos A e B de cada tripulante. Não tenho reclamações.

Outros tripulantes estavam eufóricos e desrespeitosos. Perguntei-me a razão disso. Agora parecem envolvidos em estágios de sono e talvez, não acordem. As crio-camas devem ter dado um jeito neles. Um deles ameaçou conversar ininterruptamente durante a travessia dos dois pontos dada a uma facilidade que a nave apresenta. Preocupei-me com esse aviso...

O caminho parecia interrompida com o tráfico de longos transportadores. Uma fileira muito longa deles. Ao menos, foi o que apurei. O caminho segue livre agora, pontos brilhantes na escuridão do céu.

Não há nada mais que a escuridão.

sábado, 3 de janeiro de 2015

Feliz Ano Novo (com as mesmas coisas de antes)

Com delay de alguns dias, a frase ainda vale, não é mesmo?

Do que eu gosto do final de ano? Do meu aniversário. A cada ano, vou desgostando mais e mais das festividades - que nunca vi sentido - e de como o povo fica animado para parecer mais do que é somente porque outros estão olhando.


Meu Natal foi passeando de bicicleta com meu pai. Fazia anos que não andava e me diverti muito, passando no corredor da paulista e indo até o minhocão. Claro que isso houve consequências dolorosas depois, minhas pernas tremiam e fiquei toda queimada. Mas não reclamei porque me divertido muito.


Então teve meu aniversário e minhas amigas vieram passar algum tempo comigo. Comprei um bolo de morango (porque eu e meu sobrinho gostamos de bolos de morango) e coxinhas, a Nani trouxe uma torta de atum. Foram horas divertidas e já fiquei satisfeita.

[esqueci de tirar foto da medalha de finisher do meu irmão]

Fim de ano e eu fui ver meu irmão correr a São Silvestre (isso merece um post só pra narrar como foi divertido, mas devo de outra corrida também que comecei a escrever e não terminei). Estava largada no sofá, após passar a tarde toda jogando com o Roger e a Marise - porque jogar L4D2 com eles foi muito divertido! Depois eu fui ver os jogos na janela, enquanto meus bichos ficaram enlouquecidos por causa do barulho. Eu gosto dos fogos, mas reconheço que isso não faz bem a eles - razão pela qual geralmente fico em casa nessa data porque acho meus bichos mais importantes do que ficar 'bêbada' em outro lugar.



Primeiro dia do ano e um vento derrubou uma árvore aqui na rua. Ela continua lá, caida, bloqueando a passagem. Pobre árvore estava com cupins, assim como muitas árvores em Sampa. Antes eles passavam cal para diminuir o ataque das pragas, mas já se foi o tempo que se preocupar com isso valia a pena. Agora a cidade conhece o resultado por esse descaso.

Mas conhecer descaso é algo que estamos vivendo com toda a força.

Ano novo, melhorias para nós. Como professora, desejo que as palavras da presidente Dilma sobre melhorias na educação sejam de verdade - mesmo com o ministro pífio que ela recrutou para tal missão.
Ano novo e vamos adiante. Povo ainda tá reclamando porque o PT ganhou? Pois é, ganhou e dura 4 anos. Lide com isso. Estão reclamando dos ministros escolhidos para cuidar da Economia, mas deveriam saber que essas pessoas seriam escolhidas pelo PSDB se eles tivessem ganhado a presidência. Então, pesquisar que é bom, o povo não faz nada.
Ano novo e um pouco mais de caridade. Uma que seja de verdade porque ficar ostentando as coisas é pura vaidade.
Ano novo e meu treino contra a procrastinação... Tá foda viver assim.