segunda-feira, 23 de abril de 2007

Poema Filtro Solar

Vi um especial com esse poema hoje na aula e fiquei fascinada. É lindo demais.... não é minha idéia compartilhar coisas dos outros aqui, mas esse eu faço questão.

Filtro Solar
Nunca deixem de usar filtro solar.
Se eu pudesse dar só uma dica sobre o futuro seria esta: use filtro solar.
Os benefícios a longo prazo do uso de filtro solar estão provados e comprovados pela ciência.
Já o resto de meus conselhos não tem outra base confiável além de minha própria experiência errante.
Mas agora eu vou compartilhar esses conselhos com vocês...

Não se preocupe com o futuro.
Ou então preocupe-se, se quiser, mas saiba que "pré-ocupação" é tão eficaz quanto mascar chiclete para tentar resolver uma equação de álgebra.
As encrencas de verdade em sua vida tendem a vir de coisas que nunca passaram pela sua cabeça preocupada, que te pegam no ponto fraco às 16h de uma terça-feira modorrenta.
Todo dia enfrente pelo menos uma coisa que te meta medo de verdade.
Cante.
Não seja leviano com o coração dos outros, não ature gente de coração leviano.
Use fio dental.
Não perca tempo com inveja.
Às vezes, se está por cima; às vezes, por baixo...
A peleja é longa e, no fim, é só você contra você mesmo.
Estique-se, não se sinta culpado por não saber o que fazer da vida.
As pessoas mais interessantes que conheço não sabiam aos 22 o que queriam fazer da vida.
Alguns dos quarentões mais interessantes que conheço ainda não sabem.
Tome bastante cálcio.
Seja cuidadoso com os joelhos: você vai sentir falta deles.
Faça o que fizer, não se auto-congratule demais e nem seja severo demais com você.
As suas escolhas têm sempre metade das chances de dar certo.
É assim com todo mundo.
Desfrute de seu corpo, use-o de toda maneira que puder mesmo.
Não tenha medo de seu corpo ou do que as outras pessoas possam achar dele.
É o mais incrível instrumento que você jamais vai possuir.
Dance... Mesmo que não tenha onde, além de seu próprio quarto.
Dedique-se a conhecer os seus pais.
É impossível prever quando estarão indo embora, de vez.
Seja legal com os seus irmãos.
les são a melhor ponte com o seu passado e, possivelmente, quem vai sempre mesmo te apoiar no futuro.
Entenda que amigos vão e vêm.
Mas nunca abra mão de uns poucos e bons.
Esforce-se de verdade para diminuir as distâncias geográficas e destinos de vida, porque quanto mais velho você ficar, mais você vai precisar das pessoas que conheceu quando jovem.
Viaje.
Aceite certas verdades inescapáveis: os preços vão subir, os políticos vão saracotear, você também vai envelhecer.
E quando isso acontecer, você vai fantasiar que quando era jovem os preços eram razoáveis, os políticos eram decentes e as crianças respeitavam os mais velhos.
Respeite os mais velhos e não espere que ninguém segure a sua barra.
Talvez você arrume uma boa aposentadoria privada, talvez case com um bom partido, mas não esqueça que um dos dois pode, de repente, acabar.
Não mexa demais nos cabelos, senão quando você chegar aos 40, vai aparentar 85.
Cuidado com os conselhos que comprar, mas seja paciente com aqueles que oferecem.
Conselho é uma forma de nostalgia.
Compartilhar conselhos é um jeito de pescar o passado do lixo, de esfregá-lo, repintar as partes feias e reciclar tudo por mais do que vale.

Mas no filtro solar, acredite!


Bem legal o poema. Eu amei...

domingo, 22 de abril de 2007

Fim de semana

Ando muito cansada e desanimada. Eu deveria saber que iria me cansar uma hora, de tanto esforço, mas as vezes penso que é mais do que isso. Eu tenho dormido e não tenho descansado o suficiente, sem contar nos sonhos estranhos. Acordo pra vida continuar e continuar. Não que exista algo de errado nisso, é bom que ela continue, com seu passos lentos e suas horas corridas. Talvez seja mesmo verdade, o dia tenha agora 16 horas, as vezes nem mesmo em passos lentos, as horas duram.

Fernando veio hoje aqui em casa, me trazer um cd com simulados do Enem. Tenho que responder para saber o meu nível de entendimento das questões. Mas ando muito cansada, não estou conseguindo me concentrar. Sexta feira eu fui pra aula, mas não a assisti. Encontrei o Samus e fui conversar com ele - porque agora ele nos dá aula, mas chegou o "major" (nome que dou a o novo professor de matemática, que de fato é major e deve ter algum problema quanto a carência, porque ele não pára de falar e não diexa ninguém falar) e não conversamos mais, ficamos escutando ele falar e falar. Uma hora eu não entendia mais o que ele dizia, as palavras dele parecendo longe demais para que eu pudesse prestar atenção. Não me importei, eu sou boa em simular que estou prestando atenção. Ele me citou de exemplos para o que estava falando, e eu sorri, não fazendo idéia do que ele estava falando. Só achei irritante que ele tenha vindo cortar meu assunto com o Samus - que não era nada importante, mas agora é difícil falar com ele.

E ontem eu fui visitar meu pai com meus irmãos. Fomos no centro antes, comprar alguns suplementos de computador que o Gustavo precisava, eu olhando pra todas aquelas pessoas, vendo aquela violência novamente. Ele me explicou que o centro estava pior, as pessoas estavam sendo expulsas dos prédios e agora estavam na rua. Ninguém gosta de ver essas coisas, mas o centro de São Paulo é assim mesmo, pura violência e pobreza. Um rapaz seria assaltado. O ladrão passou ao meu lado, ajeitou a arma na cintura e seguiu atrás da vítima. Pensei em avisá-lo, mas desisti, e sem remorsos. "O centro é assim", eu pensei, "por que o homem está carregando aquela caixa de computador de baixo do braço num lugar daqueles?". Se eu tivesse que avisar a todos sobre assaltantes, ninguém sairia de casa, eu, felizmente, os vejo de longe. Vi o homem que pensou em roubar um carro, o menino armado e seu parceiro, os batedores de carteira em espreita. As vezes São Paulo parece maior do que eu sinto que seja e me corta o coração ver o povo dessa cidade (que eu penso que deveria ser um país) nesse ritmo de violência.

Depois do centro, fomos a casa de meu pai. Ele parecia feliz, estava melhor do que eu lembrava, umpouco mais magro talvez. Continuava com sua lógica infalível e quase não conversei com ele. Ficaram ele e Gustavo falando de diversos assuntos - administração, política, informática. Estava prestando atenção, meu pai falando como deveriamos proceder com a contas da casa e como calcular o que gastariamos no mês. Parece que ele tem agora duas casas, uma é uma república. A mulher dele estava lá, mas não me incomodou tanto. Ele pediu pra que eu voltasse mais e eu gostaria de ter falado mais com ele. Vou voltar para vê-lo, quem sabe retomar os meus passeios e cinemas com ele.

Fazia tempo que não jogava Ragnarok, e joguei ontem com o Fernando e o Robert. Fiz o chapéu de Arcano pra Mystra, agora ela está toda de verde, e depois fomos caçar um monstro chamado Hydrolancer. Bichinho chato, mas matamos... 3x. ^^ Deu até gosto de jogar mais com a Flor - que estava abandonada.
Parece que está tendo altas discussões no outro servidor que pretendia jogar e éh desanimador. Eu já não me encontro com muita vontade, e depois do que li, a vontade tá caindo cada vez mais. Ia até escrever o novo capítulo da história do By-Tor e agora vou deixar passar a má vontade.

Domingo fiquei em casa, conversando com o Paulo - alias, eu só falo com ele ^^
Pessoas demais e pouco assunto útil. Pelo menos conversar com ele é muito bom. Troquei minhas fotos no orkut, pra umas melhores - se isso é possível. (Aff odeio acento, tive que olhar no dicionário algumas palavras, preciso decorar regras de acentuação com urgência).

Um matéria na revista Veja me fez chorar. Tudo bem, eu sempre choro quando eu vejo algum animal sendo maltratado. Era sobre o aquecimento global e de como a área de caça dos ursos polares está sumindo. Logo eles deixaram de existir em seu habitat, e as futuras gerações os verão somente em zoologicos. Não é triste? Eles não são adoraveis? Entendo que o aquecimento global precise fazer suas vítimas, e eu sei que os humanos terão sua parte nisso, mas me parte o coração saber que um dos maiores predadores da Terra irá simplesmente sumir...

sexta-feira, 20 de abril de 2007

Aimeudeusdocéu!

*sem ar* Não creio! Não acredito!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
*sem palavras* The Bourne Ultimatum éh só assistir...
*ansiosa* EU QUERO VER!

Jason Bourne > ALL

quinta-feira, 19 de abril de 2007

Layout Novo!

You only see what your eyes want to see
How can life be what you want it to be
You're frozen when your heart's not open
You're so consumed with how much you get
You waste your time with hate and regret
You're broken when your heart's not open
- Frozen - Madonna

Pronto!
Mudei o layout e em breve vou disponibilizar um link para quem quiser ver todos os layouts que passaram por aqui - acho isso bem legal. Infelizmente não encontrei nenhuma imagem melhor da Madonna nesse clipe, mas essa serve. Ela está fantastica nesse clipe, um olhar sobrenatural, aqueles corvos e sua triplicidade ^^ parece até Morrighan, se ela tivesse penas na capa.
De qualquer modo, eu gostei desse jeito. Quem sabe depois eu não faça um da Louise ou da Dita? (omg, e de repente eu sei nomes de personagens da Madonna hahahah). Achei cada foto linda dela - sim, eu acho a Madonna muito bonita. Me deu até vontade de escrever uma fic minha que está encalhada aqui, songfic de uma música do The Corrs "Hurt Before".

E por falar em fanfic, eu nem acredito! Eu gostei do que eu escrevi sobre o Lorde de DarkMont!!!!!!!! O nick ficou muito perfeito, andando lentamente, a máscara de couro no rosto ferido, a voz rouca... eu amei ele! Era do jeito que eu o imaginava e não estava conseguindo fazê-lo. Fiquei muito satisfeita. Estou com 3 capítulos prontos, e vou postar assim que o site voltar pro ar. ^^ assim as cobranças param também.

E o Fernando estava sugerindo que eu mudasse um pouco o foco da Raposa e não deixasse tão lentas as cenas delas com o Tiberius. Disse que estava dando muito foco no Edward. Mas também, são as "memórias" dela, eu preciso falar do grande vilão. Na verdade, o Edward é totalmente pervertido, e eu acho isso fascinante. Nunca houve um grande amor dele, sempre foi aquele desejo arrebatador, e ele passa mal porque não fica nunca com a Raposa. Dá até pra ter dó dele.
Estava pensando em postar no novos fórum do Rag que estou participando, mas sei lá. Vou dar uma modificada nela, ver se deixo mais dinâmica e ai eu posto. Se bem que eu poderia publicar o conteúdo que está no site da fic. É uma de minhas favoritas, a Raposa é um extremo que consegui.


Estou um pouco cansada. Está corrido lá no consultório e eu realmente tenho mania de limpeza. Instalaram uma divisória lá, e ficou tudo cheio de pó. Estou limpando como uma louca... parece que não limpa nunca, e pior, estou começando a reparar onde está sujo. E as paredes parecem imundas, cheias de marcas de dedos e pó. Espero que a empregada limpe isso.

E também tenho que preparar uma boa quantidade de papel pra responder a carta da Priss... boa quantidade. Aff, nós escrevemos muito... haja assunto!!!!!!!

quarta-feira, 18 de abril de 2007

Número Um

"Amada Nymus....
Não existe mais nada pra conversarmos, mas mesmo assim, insisto em mandar essa carta. Você não fala mais comigo, passa e me ignora. Quanta mais dor infligira até perceber que nada poderei fazer sem você?
Não tenho palavras pra descrever o meu sofrimento, e mesmo, se tivesse, você se importaria? Daria toda a atenção que fingiu dar antes? Mesmo sendo mentira, saiba que preciso dela. E mesmo que um milhão de palavras possam ser usadas pra explicar o que se passa entre nós, você jamais as ouviria.
Respeito seu tempo, afinal, ele é meu tempo. Respeito seu orgulho descarado, e me encho de esperança quando olha em minha direção. Mas seus olhos se perdem naquele vazio de promessas, coisas que você sabe que não são verdadeiras. E então, eu, por que ainda espero por outra atitude sua? Por tudo o que tivemos, você deveria saber. Deveria sentir a mesma coisa.
Entendo que coisas novas a fascinem e tenham sua atenção, por quanto tempo até que virem fumaça, como as demais coisas? Por que eu deveria me importar também, não? As vezes, parece que faz isso de propósito, com o simples objetivo de me magoar ainda mais.
Talvez eu mereça, afinal, o quão mal te tratei nesses últimos anos? Na verdade, maldade é de sua parte, porque eu nada mais fiz que amá-la. E nós dois sabemos que não existe amor sem dor, não por ele próprio, mas pelo o que fazemos com ele.
Quanto mais tarde você perceber isso, mais dor terá. E não é isso que você mesma diz?
Espero notícias suas."

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Grandes trevas em minha vida. Estou sem um tempo real pra me dedicar a escrever e por isso, acho que estou sufocando.
Meu site está fora do ar, não sei o que houve. Creio que o servidor entrou em manutenção. Vou falar com a Marinex depois, afinal, ela que cede espaço pro Legado - éh, eu sou afortunada nisso, ainda bem que ela me cedeu esse espaço, agora posso me dedicar ao site. E a atualização dele anda lenta... pra variar.
Talvez eu fale de meus projetos, afinal, eles não param de martelar na minha mente. Poderiam inventar um aparelho pra passar tudo o que você pensa pra texto. Eu ficaria feliz. Acho que preciso de um gravador, preciso me escutar um pouco.
A carta acima está na minha mente desde semana passada. Ela veio com tudo depois das notícias que li ontem de uma amada amiga minha. Eu acho estranho ser tão parecida com ela, mas essa pessoa tem razão - a mágoa as vezes não permite que eu sinta mais nada.
E preciso mudar o tema desse blog, e quem sabe divulgar um pouco - como se eu me importasse de verdade com isso ¬¬"

domingo, 15 de abril de 2007

Sumiço do Gordon!


Esse é meu gatinho Gordon! Ele quase me matou de susto essa semana, quando eu fui pro cursinho e meu irmão Max saiu e deixou a janela aberta. Eu chego em casa 22:45hr e cadê o gato? Procurei como uma louca, todos os lugares que ele poderia estar, imaginando se estava ferido, se alguém o havia envenenado, se alguém o havia levado. Tudo bem, as pessoas não levaram isso a sério, mas ninguém gosta de gato na minha rua e meus adorevéis vizinhos já avisaram sobre isso. Sabemos por experiência própria que eles não gostam, vários gatos já foram envenados e agonizar dentro de casa até morrer.

Depois de quarenta minutos procurando, nada dele. Eu olhava, desolada, pra rua, tentando entender onde estava meu gatinho. É sempre horrivel ter a notícia que algum deles morreu. Eu gosto mais dos meus animais do que de humanos, e eu nunca neguei isso. Desprezo meus vizinhos por não gostarem de animais, mas os respeito, porque o tanto que eles não gostam de animais, eu gosto a mesma quantidade deles. Eu não vejo problema nenhum em gostar mais de animais do que de humanos, mas sempre as pessoas parecem prontas a me condenar por isso.

A noite inteira eu acordei pra ver se ele tinha chegado e nada. E eu sempre acho que não existem mais tantas lágrimas assim em mim, e lá estava eu, chorando pelo gatinho. As razões pelas quais isso acontecem é porque eu os amo demais. Eles cumprem seu papel com perfeição, e eu lamento a partida de cada um de forma diferente. Ainda sinto muito o que houve com cada um deles e sei que a Justiça Divina nunca falha, eu mesma não posso condenar os culpados por terem envenenado meus gatos, mas eu posso esperar que eles sejam punidos por isso - não seus animais, que os Deuses os protejam de morar com pessoas tão despreziveis.

A minha quinta feira foi horrivel. Eu não conseguia parar de chorar, preocupada com ele. O Max ficou triste, mas se aborrecia por me ver tão triste. E como era de se esperar, veio reclamar. A Luciana também veio. Outras pessoas vieram. Eu sempre espero que esse bando de idiotas venha me dizer que estou exagerando... não vai ser a primeira e nem a última vez que vou ouvir "você não acha que está exagerando? Era apenas um gato". Por que sempre respeito a dor dos outros e não existe esse respeito comigo? Por que sempre tem que ter um infeliz pra me dizer que é exagero? Afinal, o que há de errado em sentir tristeza e chorar por um animal? O primeiro que conseguir me explicar isso, sem ser idiota - ou seja, muitos tentaram - ganha um doce. Por que eu deveria mostrar uma tristeza "branda" por meu animal? Eu os amo. E por amá-los, e por toda a dedicação que tiveram comigo em vida, devem ter minhas mais sinceras lágrimas e meus mais sinceros sentimentos. E sim, eu não vejo nada demais em gostar muito de animais, afinal, quem poderia entender o bem que eles me fazem e como suas companhias foram essenciais pra mim? Por que eu deveria achar não vale a pena isso, como todos dizem pra mim? Eu quase tenho vontade de mandá-los pro inferno, a dor é minha, o que eles tem a ver com isso? Eu não estava ali trabalhando, não estava ali comendo e comprando as coisas que precisavam? Por que eu deveria esconder a minha dor?

E depois ainda dizem que eu deveria relevar coisas. Alguém me diz por que eu devo relevar isso? Eu posso muito bem me descrever como eu me sinto quando alguém vem dizer que minha dor é exagerada. Talvez eu deva dizer o mesmo pra pessoa num enterro. Dar um tapinha no ombro e falar o mesmo "não era tudo isso... não exagere". A comparação é grosseira? Ah, toda vez que me encontro triste por causa de um animal eu escuto isso, eu vejo pessoas fazendo comparações, como se pudessem entender a tristeza alheia. E quem pode? Você pode ter idéia e você, tendo idéia, acha que pode julgar?

No meio da manhã, decidi fazer um cartaz pra colocar na janela. Eu tinha esperança que um estudante da faculdade tivesse pego o Gordon, afinal, ele é filhote e éh bem cuidado. Ao meio dia, eu fiz um cartaz porco e coloquei na janela. A tarde não foi diferente da manhã, e eu estava me sentindo mal, imaginando todo o esforço que eu tive durante meses pra conseguir outro gato. Tudo o que eu tive que fazer, e mostrar. Minha mãe não queria outro, dizia que era sofrimento demais ver o gatinho agoniar porque algum infeliz deu veneno a ele. Eu concordo com isso. Mas se for assim, pra que fazer amizades e pra que gostar das pessoas? A única certeza é que morreremos, a forma, pouco importa. Violenta é sempre pior, eu sei. Eu esperava que meus gatinhos morressem de velhice e não babando e gemendo... Pensar nisso ainda doi, porque eu não me importo com a crueldade humana contra humanos, mas contra animais eu acho absurda. Claro, se alguém ler isso, vai ficar puto... tudo bem, estou acostumada com esse tipo de reação. As razões pelas quais eu acho isso pouco importam, eu tenho mais respeito pela natureza do que por humanos, e sim eu sou humana, e justamente por isso que minha própria raça não tem meu respeito ou minha consideração. Eu considerei tudo o que sempre considero quando eu fico triste por causa dos meus animais.

Naquela noite, fomos eu e Max no mercado, depois do trabalho. Lá estava ele, me criticando pelas lágrimas e tudo mais, o discurso de sempre. Daí eu vejo dois molekes roubando uma menina, chegando ao ponto de chutá-la várias vezes quando ela caiu no chão. No final, um deles conseguiu fugir e o que foi cercado, foi liberado por razões duvidosas - quando devia ter tomado umas porradas pra aprender a não chutar ninguém indefeso no rosto. Daí eu olhei pro Max e falei - "éh, talvez eu deva lamentar mesmo pelos humanos... nem jogando uma bomba aqui, purifica esse povo". Grandes feitos humanos... violência e desprezo. E ainda, eu sou errada por lamentar mais pelos meus animais? O que dizem que diferencia os humanos dos animais? A capacidade de raciocinar e o movimento em pinça do polegar e indicador??? Ah claro...

Por fim, chegando em casa, revoltadissima, uma mulher aparece dizendo que está com o Gordon. Que ele a seguiu e tudo mais. Eu vi luz. E de um momento pro outro, eu senti toda a energia de esperança divina em mim, como recompensa por meus pensamentos felizes a respeito daquela situação. Eu tinha certeza que alguém o havia pegado, que eu tinha tantas felicidades ainda pra ter com ele, que essa pessoa ia me devolver meu gatinho. Eu tinha certeza, mas não descartaria as demais idéias de violência, uma vez que elas fazem parte do que tenho como registro de vida. Fui buscar o Gordon na casa dela e logo ele estava no meu colo novamente. Essa moça é a mesma que cuida de um cão chamado Pingo, que era mantido em condições horriveis (entenda como? sem ração, água, era espacando e mantido aprisionado dentro de uma jaula menor do que ele... e não estou brincando quanto a isso) por freiras (ah, sagrado seja o nome dele...) que tem uma creche na quadra de cima de casa. Uma santa a moça. O Gordon foi bem tratado e tudo mais.

Minha mãe ficou satisfeita de ver o Gordon e por me ver feliz. Ela até havia cogitado a idéia de pegar um outro gato pra mim, caso não achassemos o Gordon. Um pensamento normal, depois de tanta violência contra meus gatos, era fácil achar que ele estava morto. Por sorte divina, o Gordon teve outro destino. E eu voltei a ficar radiante.

Uma vez me perguntaram como eu podia gostar tanto de gatos, que eram tão individualistas. Eu sorri e disse que gostava deles, que aquilo era um ponto de vista. E realmente é... quem nunca teve um gato, não pode saber como é ter um. A fidelidade que ele tem a você, como ele fica feliz em ser bem tratado e ouvir o ronronado satisfeito. Não existe coisa mais graciosa que ver um gato rolar e brincar com um brinquedo, ou vê-los dormindo, majestosamente, em algum lugar algo, seus rabos balançando suavemente. Ou você chegar em casa e eles estarem esperando na porta, pra se esfregarem em suas pernas e miarem felizes pra você. Ou então, sentir sua presença sempre bem vinda nos momentos de tristeza, quando ele se aproxima e faz carinho, lambendo atenciosamente a ponta de seus dedos e deitando em seu colo.

O Gordon está bem e readaptado a vida no nosso lar. Uma noite fora e tanta tristeza, pra nós mostrar que ainda existe esperança. E pra me mostrar que ainda existem humanos pelos quais vale a pena tentar pensar em reconsiderar meu conceito da raça.

E sim, eu não tenho porque perdoar pessoas que maltratam animais, não importam quem seja. A Justiça Divina na qual eu acredito, se aplica todos, inclusive a mim.


Priss -> não existe erro em nossa amizade. Sua carta será bem vinda, como sempre foi. E meu sentimento por você continua o mesmo, ou então mais forte.
Quanto ao comentários, isso é por causa do modelo de layout que eu escolhi. Eu vou ver onde fica essa opção e te dou um toque, certo? Mais prático mesmo em pop-up.
E quanto a escola, a única coisa irritante lá é a Igreja. As aulas estão boas. Se tivesse dinheiro, eu pagava, juro. Mas não posso contar com isso. E estou me esforçando. Dificil um bando de evangelicos criacionistas mudarem minha visão, o máximo que podem fazer é me deixar espantada com o atraso de vida, e isso acontece sempre que tenho aulas... hahahaha.

terça-feira, 10 de abril de 2007

Sobre coisa alguma...

Até semana passada, eu pensava que poderia ser uma estrela. É, uma estrela, como essas que brilham no céu. Estava na casa do meu namorado nesse feriado e havia ficado feliz em poder ver todas aquelas estrelas que a poluição de Sampa esconde. Elas pareciam sempre mais brilhantes e numerosas. As vezes parece piada, eu vou atrás de fotos sobre céus estrelados e não imagino me vendo os céus fotografados. Talvez se eu pudesse ver, ficaria feliz, eu poderia acreditar que existem mesmo.

Estava voltando pra Sampa e estava olhando as estrelas pela janela. Num dos raros momentos que tentava imaginar a idade de muitas coisas, tentava entender o que era "ter testemunhado tantas coisas", e tentava entender quantas almas viraram estrelas. E eu gosto dessa coisa que alguém que morreu virar estrela, parece mais apropriado do que dizer que foi pro céu ou pro inferno. Tanto porque, só você sair numa noite clara pra poder ver seu antepassado.

E depois de tanto romantismo e felicidade, na segunda eu e minha chefe descobrimos que uma peça foi roubada. Me senti culpada, porque eu tinha pedido um dia de folga pra ela, e correspondia ao dia que iriam entregar a peça. Entregaram em horario de almoço, ela já tinha saído porque iria dar aula e ligaram pra ela pra avisar que deixaram no registro de água. Só sei que foram roubar a torneira (já tinham roubado os números), acharam a peça e levaram embora... um protocolo pronto, acrilizado e que iria ser entregue. Ao menos que o homem ache que aquilo vale alguma coisa, ou que ele possa usar, ele não deve fazer a menor ideia do que seja aquela peça.
Eu fiquei muito aborrecida com o incidente, a minha chefe ficou arrasada. Poxa cinco implante... muito trabalho pra fazer, e estava prontinha. Fiquei mesmo chateada, mas o que podia fazer? Estava a 450km de Sampa e eu nem sabia disso. Eu dei instruções que fosse entregue pela manhã, e não vieram. Só sei que vai ter que refazer tudo...

Queria mudar o tema do blog, mas fiquei tão "assim" com esse incidente, que perdi a vontade. Pra variar, estou perdendo a paciência e hoje já briguei com o Max. Não aguento mais ele... os Deuses que me instruam sobre paciência.

Provavelmente eu vou pegar a camera fotografica do meu irmão e tirar umas fotos. Se sair do jeito que eu imagino, mudo o tema do blog e do orkut.