sábado, 17 de janeiro de 2015

Diário de bordo

Diário de bordo do passageiro seis de número dezessete sete e dezessete

A nave fez sua primeira parada. A estação não tem nada demais do que me foi aclamado a princípio. Mais pessoas a bordo.

Apesar das minhas críticas iniciais, o passageiro quatro deveria estar sob efeito de alguma substância ilícita. Ele não sossegou e teve a ousadia de gravar sua própria voz diversas vezes num dos programas de enviar mensagens. Um longo monólogo.

As passageiras Sete e oito subiram com toda as suas bagagens a bordo. Eu não entendi porque tantas malas não foram no compartimento de carga... Ou nos bagageiros suspensos.

Houve um congestionamento cerca de quatro horas atrás. As trilhas que marcavam a escuridão sumiram para dar lugar a luzes vermelhas e ansiosas. Grandes cargueiros ocupavam os lugares seguros.

A nave parece uma crio-câmara gigante. Do lado de fora apenas névoa e jatos de água derretida de algum cometa.

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