Diário de bordo do passageiro seis de número dezessete quinze quarenta e seis
O diário está com problemas técnicos. Não consigo encontrar um meio de corrigir os arquivos lançados no sistema, então, o diário é reescrito como se fosse novo.
A abundância de água desse lado do sistema planetar me assombrou. Minha terra natal seca e árida parece ainda mais seca e árida.
As construções também me deixaram pensativa. Estilos arquitetônicos pouco usados em minha terra, um novo mundo, sem dúvidas.
A nave parou em uma pequena lua e lá observei a outra dinâmica que os vivos poderiam dar aos mortos. Nunca havia visto um lugar de descanso sem altos muros ou grades. Parece-me que a cultura em relação aqueles que não mais aqui estão permite um lugar como o que eu vi.
A nave também fez uma pausa para reabastecer os tanques com matéria escura num lugar onde o chão e o ar eram feitos de uma substância quente, que queimava as narinas e emitia um calor horripilante pelas pernas - a verdadeira sensação de achar que será cozinhando vivo. Enquanto a nave mantém a criogenia para conservar nossos corpos entre a transição de pontos, a fuselagem resiste bem a ação violenta do lado de fora.
A passageira Oito é um hospital ambulante. Isso explicou as malas nos bancos e toda a confusão que ela e a Sete fizeram. Ela me explicou depois que a questionei do porque de tanta bagagem de mão. Ainda que ela tenha me explicado isso, ainda me pareceu bagunçando o fato dela não ter separado tudo em duas malas ao invés de usar seis malas.
A nave continua seu trajeto até uma das estações espaciais que vão permitir a entrada em outro quadrante do universo. Seguimos bem e em velocidade constante.
(estou com problema de negrito, esse app faz o que bem entende, depois eu corrijo)
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