segunda-feira, 30 de julho de 2007

Eu e o meu msn

Ouvindo a versão de Westlife de "Angel", me perguntava o porque de tanta amargura logo pela manhã. Pensei em muitas coisas, como mudar meu nome pra Hattel no msn e o que tinha que fazer no serviço. Sou tantas personagens minhas, algumas vezes mais do que deveria. Algumas vezes eu sou seca demais, mais do que deveria. Algumas vezes eu acho que tudo poderia ser melhor, ao menos o dia de alguém, se eu ao menos desse um sorriso. Tudo bem, eu sorrio as vezes, automática do que por vontade. A importância disso onde eu trabalho é fundamental. A Luciana vai colocar um painel de sorriso do lado de fora, depois que colocarem o portão. Depois eu pensei na minha foto no orkut. Não tinha nada melhor... Mas pelo menos mudou... Odeio fotos minhas - me dá agonia me ver numa foto.

Daí eu penso que estou sendo dura novamente. Quem disse que existe limite pra alguma coisa? O que é realmente devido pra alguém fazer? Eu e meu moralismo/orgulho, sempre colocando limites pra tudo. Afinal, fora eu, quem conta essas tranqueiras? Acho que deve ter mais gente, mas não ligo pra isso.

Estava encolhida por causa do frio, tentando organizar meus pensamentos dispersos. Odeio frio!
Meu ouvido doi, minha fronte doi, meus dedos estão enregelados - mas eu mexo com água, o que poderia querer? Odeio frio e sempre me imagino deitada numa praia deserta. O som do mar e a ilusão de calor até me fazem esboçar um sorriso bobo. Juro que seria alguém melhor se não tivesse que passar frio.

Pensei em algumas pessoas, em algumas coisas e voltei a me chatear - sempre repetindo que era bobagem, e é na verdade. O que há de tão errado que eu simplesmente não posso ignorar como fazia antes - ignorar de verdade, não só de falar. O meu eu de antes parecia melhor que o meu atual, quando pessoas insignificantes não passavam disso - insignificância. Quando parecia que havia mais clareza e mais percepção da minha parte. Na verdade ainda existe, talvez eu goste de bancar a idiota e ignore isso. Ou talvez seja minha penitência, meu carma, pagar por todos os males que eu fiz por fazer. "Quem acredita nisso de verdade?" me escuto pensar "eu espero que você não.". Tudo bem, mentira. Grande coisa...

Talvez eu devesse me afastar dessas pessoas. Não oferecem mais nada mesmo, e nem a amizade vale alguma coisa. Está gasta, não foi cultivada e não serve pra nada - a não ser pra fingir que eu me importo. "Nossa, verdade? Que legal", enquanto eu penso "e eu com isso?". Tipo, eu também comento coisas inúteis, e eu acho que todo mundo tem o direito de achar uma droga o que eu acho legal. Na verdade, isso faz parte do que eu acho de "papo inútil" e eu descobri que eu tenho que treinar muito pra ficar de conversinha fiada/besta com as pessoas. Tudo em nome da praticidade e da agilidade. Deve ser por isso que eu não aguento conversar com a minha mãe ou com outras pessoas que eu conheço, que dois minutos de conversa e eu quero morrer. Eu até sou paciente, juro que sou.

Um novo msn? Sim, isso resolveria parte dos meus problemas. O fato de eu não conversar e não querer participar das coisas, não significa que eu não goste. E se alguém acha isso, não é problema meu. Eu sei de mim, o que já é trabalhoso demais. Até porque, não é difícil que eu não goste de uma pessoa. Eu sei de quem eu gosto, o restante são pessoas. Não tenho porque julgá-las e gostar delas.

"E você precisa disso? Por que não fica 'ocupada'? Não precisa desse radicalismo." esse é o Samus em meu pensamento. Ele é assim, eu escuto ele. Não devia, claro, Samus é tão fantástico quanto eu e um dia vamos construir um mundo baseado em nossas idéias, e vamos morar lá. Claro, um mundo de mentira, quem constrói mundos hoje em dia? Mas eu ouvi ele e vi que ele tinha certa (certa) razão. Tudo bem... por que eu não deleto? Porque eu se não tivesse certeza que isso só iria piorar, eu já o teria feito. Mas envolve muitas coisas e muitas dessas coisas, eu não posso abrir mão. Imagine... eu tenho certeza que iriam surgir aquelas competições "eu ou ela", e como eu geralmente não tenho torcida e não faço o menor esforço pra que a pessoa me escolha (tanto por achar que isso é uma das coisas mais idiotas que eu já vi na vida), não tenho histórico que tenha me saido bem em alguma escolha. Não ligo, se a pessoa prefere escolher, ue, escolha. Não gosto do meu lado competitivo, sou muito sentimental pra minha violência, e por isso e somente por isso, eu não ligo pra escolhas. Oquei, por isso não deleto.

"Mas você não está pensando demais?", claro que estou. Porque eu já vi isso antes e os passos são sempre os mesmos não é? Na verdade a vida se repete e se repete. Tem muitas coisas que eu aprendi, outras que não. Isso eu aprendi e de muitos modos. Graças aos tempos que eu era uma menina mais observadora. "Sempre somos radicais não?", quase sempre, "mas assim que resolvemos nossas coisas. Pra que dar tanta importância? Mas faça corretamente. Sua mágoa e sua carência são apenas parte do processo, de todo o processo.". Se eu penso assim? Com certeza.

As vezes eu canso de ver a vida se repetir. Isso deve ser da minha alma. Algo lá dentro que está cansado.

Dai tive uma idéia, que como sempre é radical. Mas eu sou assim. Eu posso abrandar, mas esse caso não merece isso. Se eu manter o msn desligado, não tenho porque ler o nome dessas pessoas - ponto, e não vou ser incomodada quando estiver em processo de criação - outro ponto. (e como se não bastasse todas as interrupções que eu tenho, me livrar do msn seria quase uma benção) Vai sentir falta de falar com seus amigos? Minha Deusa, eu tenho 120 pessoas e falo com 6. Grande coisa. Tem scrap no orkut, manda e-mail. "Você vai conseguir?", ue, eu posso tentar. Maldito vicio.

Então, depois desse imenso texto que não diz muito pra ninguém, somente pra mim, declaro que meu msn só ficará ligado na hora do almoço e não mais depois (até que eu consiga desligado completamente). E nos finais de semana, eu vou pensar.

E se eu não ficasse em casa, também ajudaria.

"Desligado não é OFFLINE, você entende isso não?", com clareza. Eu gostaria de falar que a culpa é dos outros, mas não é. Eu assumo a minha parte no processo, como sempre fiz.

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