There's a place I like to hide,
A doorway that I run through in the night
Relax child, you were there
But only didn't realise and you were scared.
It's a place where you will learn
To face your fears, retrace the years
And ride the whims of your mind.
- Silent Lucidity - Queensrÿche -
Fiquei de escrever nos demais dias, e não consegui. Toda a vez que pensava ter algo bom pra escrever, sentada na frente do pc e a idéia simplesmente já não valia mais a pena. Bem, acontece. Minha vontade de melhorar parece me abandonar, em algumas ocasiões, na qual eu me torno uma pessoa insuportável - pra mim. O fato de não escrever, colabora pra isso. Eu gostaria de poder escrever o que não sei ao certo se alguém entenderia - sim, eu subestimo as pessoas e desconfio delas (sempre dizem que estão entendendo, quando não é verdade. A verdade pode machucar, mas prefiro ela a gentileza que magoa - ah sim, depois de anos, eu finalmente consegui entender como uma gentileza poderia magoar.). E no instante seguinte, eu já não ligo mais pra isso.
Estou tentando localizar os pontos que realmente me irritam. E estou conseguindo algum progresso. Existe uma camada de orgulho que tenho que remover toda a vez, mas estou seguindo pelo caminho certo. Em outras palavras, que combinariam mais com a minha pessoa: "passei apenas 3 portas trancadas, quantas mais eu tranquei até a escadaria?". Eu vivo num castelo. As coisas que me irritam ficam nas torres, as que magoam, nas masmorras. Parece mais fácil entender as coisas assim, pelo menos eu entendo perfeitamente - e a maior interessada sou eu.
Em relação a isso, esse fim de semana foi bem peculiar. Voltei a conversar normalmente com o Paulo. Eu estava achando estranho mesmo o modo que eu o estava tratando, mas aquelas minhas impressões estranhas passaram e logo encontrei meu amigo ali. Eu tinha me recolhido a minha humildade orgulhosa e estava obervando. Nunca se sabe o que as pessoas podem dizer ou fazer né? E depois dele se mostrar tão irritante em alguns aspectos, notei que ainda respeitava muito a opinião dele e que eu gosto dele. Não havia mais motivos pra recear alguma coisa - embora eu não esteja totalmente confiante pra falar sobre isso, por razões que não vou explicar. Pelo menos no que me diz respeito, é um bom amigo. Ficou bravo porque o Gordon mastigou o presente que ele me deu, tudo bem, eu também fiquei, afinal não foi nada legal encontrar o fone no chão, partido em dois a dentadas. O Max consertou - ele é bom nisso, mas o microfone não funciona - e foi justamente por isso que o Paulo me deu o presente, pra conversar com ele. Pensei que ele não ia ligar tanto, afinal, só conversavamos quando jogavamos Ragnarok, e hoje ele não joga mais; mas dai ele ficou bravo, cogitando como poderia falar comigo se viessemos a fazer isso novamente. Me pareceu algo longe, dessas coisas de "um dia talvez quem sabe", mas pelo menos ainda podemos fazer isso. (ouvir a voz do Metta é a mesma coisa que lembrar da Cris chorando de rir por algo relacionado a rodoviária que até hoje eu não entendi, mas que ela passa mal de tanto rir)
Abri meu msn. Deletei alguns contatos - não falo com eles mesmo. Estou pensando em outros. Quero abrir meu msn e não ter que ficar lendo "mimimi" no nome dos outros. Assim que eu leio, eu apago da lista. Apago, não bloqueio. Vai que um dia tem assunto - eu duvido, na verdade tenho certeza que eu nem estava mais nos contatos dessa pessoa, mas realmente não faz a menor diferença.
Mimimi é algo legal. Estava assistindo "Cidade dos Anjos" ontem, e torrando a paciência do Samus (omg, ele disse que me achou no filme "O Aviador" - depois disso, eu tenho que assistir pra ver em que grau as pessoas enxergam minha "mania por limpeza") dai ele me disse algo muito bom. Eu comentava, que sempre me emocionava, porque em momento algum o Seth lamentou o que tinha feito e os momentos que ele havia passado com a Meggie. Daí o Samus -> "é pq tbm não ia adiantar nada ficar de mimimi pra Deus" e também tem essa ->"*voz fina*po Deus, vc matou ela, e eu me joguei, me machuquei todo e fiquei meia hora com ela mas... mi mi mi mi mi".
Essa foi uma das melhores definições dele sobre "mimimi" e olha que o Samus tem várias. Toda vez que encontro com ele, ele fala algo do tipo "nossa, como você suporta tanto mimimi?" ou "nossa estão de mimimi novamente?". Eu amo o Samus, eu me divirto muito com ele, ele sempre consegue um sorriso meu, mesmo com meus estados de fúria.
Pra me resolver com a minha irritação, pensei em ligar novamente o botão de "que eu tenho com isso?", o chamado indiferença. Eu já sou bastante indiferente por natureza, e havia pensado que dando um pouco mais de importância pras coisas, aprenderia alguma coisa. Acho que isso que mais me irrita - o fato de eu sempre estar esperando mais as pessoas, sendo que elas são simplesmente aquilo que fazem questão de ser. Então, eu admito que a razão da minha irritação é parte minha mesmo. Eu que dei importância demais a certas coisas, achando que iria aprender alguma coisa, e de fato aprendi - não perca tempo com esse tipo de coisa. Depois disso, pensei mesmo na perda de tempo que foi e notei que não tem muito o que ser feito. Eu sou mesmo indiferente, não tenho porque me esforçar pra tentar mudar isso - além de soar muito falso - pra quem me conhece. O Samus sempre falava da perca de tempo e até mesmo o Ewerton que eu nunca vejo, falou que era perca de tempo. Bem, no fundo foi mesmo.
Deve ser esse meu espírito velho. Ainda tenho esperança que as pessoas melhores. Esses dias estava na companhia do João Gilberto e ele falava que esse tipo de coisa não tinha solução mesmo. Me notei ali sonhadora, pensando que as pessoas sempre tem algo de bom, algo que realmente vale a pena. Pensei em muitas naquele momento e fiquei chateada, afinal, elas pareciam vazias, movidas por sentimentos mesquinhos. Então, eu pensei no que eu tinha com isso? As pessoas eram como tinham que ser, e ainda mais num país desses, eu queria demais. Percebi que me esforçava demais tentando acreditar nas pessoas, sendo que eu havia perdido a fé nelas há tanto tempo. Como poderia explicar isso sem soar rude? Na verdade, já está soando.
O julgamente meu existe nisso? Claro, como eu poderia saber se algo é bom pra mim, se eu não julgasse as coisas? Embora eu tenha uma visão peculiar das coisas, e eu procurei abrir minha mente e visão pra tantas coisas, eu sei que eu julgo mais a minha participação nesses últimos eventos do que a dos outros. Cada um por si, já diziam quando eu era pequena. Mas também, porque julgaria os outros? Deixem eles com suas coisas, e suas motivações - as únicas coisas que eu realmente julguei nisso tudo.
Os Deuses me guiam e sabem que eu tento ser melhor sempre. E então vejo que a única que se importa mesmo com esse tipo de coisa sou eu. As motivações das pessoas ou a falta delas, me deixa sem ter porque manter esses pensamentos esperançosos. Claro, se um acreditar já está bom, mas um acreditar contra quantos contra? Mas agora eu estou falando demais. No fundo é tudo a mesma coisa. Melhor eu cuidar da minha vida e concentrar toda a fé que perco com os outros em mim.
A razão pra escrever isso? A simples, assim que eu reler eu vou entender exatamente o que estou me programando pra fazer. Funciono por programação escrita, eu sempre escrevo o que eu devo fazer. hehehehe... vai entender isso... Espero post mais felizes e exercitando aqueles meus conhecimentos místicos e usando o meu dom em mim mesma.
Priss -> nha, isso que você escreveu daria uma bela carta... posso escrever?