segunda-feira, 26 de novembro de 2007

O depois da prova...

Existia um tempo que não ligava pras coisas. Mas esse tempo passou.
Houve um tempo que não daria a menor atenção ao que era me dito, sem que eu houve pedido a opinião. Mas esse tempo se foi.
E teve uma época que eu pouco ligaria em mandar todo mundo pros lugares que merecem por terem o atrevimento de dirigir a palavra a minha pessoa com achismo e questionamentos que putaquepariu, uma criança faz melhor se não for igual ao pensamento dela.

Na minha silenciosa observação, eu estou notando como essas coisas estão se aproximando de mim. De fato, eu deveria ter impedido essas coisas desde o inicio, mas sempre tem aquele pensamento infeliz "o que vão pensar". O que vão pensar é a última coisa que deveria nem me preocupar. Enfim, venho notando as aproximações, a audácia, a intriga e a falsidade. Parece piada, senão fosse tão divertido ver esforços inúteis.

A graça disso se foi toda ontem. Eu fui, fiz a prova, fiz o que podia fazer e escutei como se eu tivesse algum tipo de obrigação a todos os imbecis que falaram comigo - e tipo, não foram poucos. Eu fiquei magoada, magoada demais pra tão pouca manifestação de carinho e apoio. Pensei "era mais fácil mandar todos ao inferno, de onde nunca deveriam ter saido, do que ligar pra isso". E é exatamente o que vou fazer.

Cansei dessa conversa fiada, desse falso interesse e de achismo e opiniões cretinas. Eu acredito que tenho problemas demais pra ficar dando atenção a isso. E desculpas? Elas não servem mais. Quero que engulam elas. Só desculpei a minha mãe por obrigação, afinal moro com ela, do que adiantaria ficar zangada com o que ela disse - que foi uma das coisas que mais me ofendeu.

Mas também, depois passa. Agora já aprendi que confiar é mesmo a putaquepariu e que vou manter as minhas coisas somente com pessoas que realmente gostam ou me apóiam. Que se dane o restante.

Ainda não acredito em tudo o que eu ouvi ou li depois que eu falei o quanto eu fiz na Fuvest. Parecia que estavam me apedrejando, bando de desocupado do inferno, que tem pouco o que fazer ou que sabe bem pouco sobre a minha pessoa pra falar o que falaram. Parece que esperavam que eu demonstrasse só um pouco de embaraço e desapontamento pra virem tacar pedra. Mas que se dane, da fato eu não merecia nada do que me falaram e não entendo ainda como a criatividade alheia pode superar tudo. Estavam me cobrando ou dando opiniões como se soubessem a forma que eu estudo ou como estudo, como se acompanhassem direto meus esforços, como se soubessem das minhas dificuldades e do que eu tenho em mente. Eu sabia que deveria ter mandando tudo as favas mesmo. Como se já não bastasse tudo o que vou ouvir de mim e todo o castigo que irei me impor por isso, ainda tenho que ouvir zé porva falar o que não sabe.

Ainda bem que eu tenho pessoas amigas a minha volta, que não vieram cobrar nada e que ficaram felizes com o resultado, mesmo ele sendo porco do jeito que é. Ainda justificaram, usando argumentos que nenhum dos malditos infelizes sabem, pra que eu não ficasse tão triste com a nota. Afinal, está feito, que mais posso fazer? Agradeço a eles, pelo menos alguém pra que eu partilhe de minhas opiniões sem ter que ouvir/ler coisas sem sentido.

E eu fiquei realmente magoada. Provavelmente por minha natureza melancolia. Agora não tenho vontade de conversar com nenhum desses infelizes e se não os ver na minha frente, melhor. Vou procurar fazer as minhas coisas e não ficar perdendo meu tempo com esse tipo de gente.

Porque, de fato mesmo, de verdade mesmo, o único que eu não me revoltaria por falar tudo o que eu li/escutei ontem era meu pai. Porque é o único com direito de falar alguma coisa, uma vez que ele paga meu cursinho. E como disse bem o Samus, o único e ainda por cima, avisado, que intensivão pode ajudar ou não na prova. Eu fiz o que eu pude e quero que todo mundo vá pro inferno se voltarem a achar alguma coisa a respeito.

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Dai tudo no final parece uma piada idiota. Eu ouvi que deveria ter ficado quieta. Eu sabia que falavam por falar, afinal, qual deles se pós no meu lugar e viveu tudo o que eu vivi e eu ainda estou aqui. No final, minha raiva passa. E minha mensagem sobre isso, quando lida novamente, vai ser clara, como sempre foi. Eu não posso mais negar a verdade e agora, eu estou pouco ligando pra quem não gostar dela.

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