quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Meta de reunião... oi?

Desde que entrei nessa escola, tenho participado de muitas reuniões. Não sou uma pessoa que se opõe a isso, muito pelo contrário, eu gosto de reuniões. Talvez meu conceito disso seja errado, geralmente eu estou participando de eventos que um fala - monólogos e quando o debate é aberto, ele não acontece porque um atropela a fala do outro.

Tenho uma estranha crença que quando uma reunião é convocada, vamos estudar alguma proposta e estabelecer metas. No entanto, a realidade tem se mostrado bem diferente do que eu acreditava que seria uma reunião. E quando digo diferente eu quero dizer muito longe mesmo!

Embora eu tenha reuniões semanais, elas parecem ser mais do mesmo, repetição após repetição do mesmo assunto, sempre com poucos detalhes novos ou personagens novas. As conversas são as mesmas. A reunião começa de um jeito e termina igual. É uma reunião de pessoas que estão lá por obrigação e que fingem que se importam. Não sei se elas já esgotaram o que podiam fazer ou nunca tentaram ou não se importam mesmo.

Eu posso facilmente não me importar, mas gostaria que meu tempo não fosse desperdiçado - porque eu posso não me importar e fazer algo de útil no lugar. Existe uma pauta, existe um conteúdo, existe pessoas e existe opinião. Valores são mostrados apenas para falar mal de superiores, criticá-los sutilmente e receber sorrisos de cumplicidade com atitude tão antiprofissionais.

Talvez eu seja a errada nisso tudo. Quando sei que um ambiente de trabalho deve ser de trabalho, que as partes tem que se juntar porque elas estão ali para isso. Eu vejo dessa forma equivocada, quando todos aos meu redor estão trabalhando em conjunto para não resolverem nada e falarem mal dos chefes - porque isso sim vai trazer alguma melhoria para a condição de trabalho ou um aumento de salário.

Brasileiro tem essa passionalidade, não separa nada. Até hoje acho esquisito as pessoas que trabalham juntas se cumprimentar com beijos (no ambiente de trabalho) ou um repórter beijar o rosto de alguém que vai entrevistar (acontece direto na Liga). Podem falar: isso é cultural, mas para mim, ainda dá uma má impressão de profissionalismo.

Até parece que sou profissional, bem, eu tento ser. Acho que isso vai tornar meu trabalho produtivo - num campo tão distante e perdido como o da educação; e vou me sentir menos incomodada em realizar minha tarefa - mesmo com as condições difíceis e o que eu aturo em sala de aula.

Ao final, as reuniões não servem para nada, mas somos pagos para estarmos nelas. Eu escuto monólogos que não fazem sentido e longas indiretas, esperando algum desavisado tomá-las para si (como já vi acontecer). Num campo escolar, onde todos jogam contra todos e sempre tem alguém querendo puxar seu tapete, eu acredito que estou esperando o mínimo de educação de quem tanto pede por isso e eu sei que não vou ter retorno.

Só mais um desabafo. Tanta coisa errada naquele lugar que toda vez me pergunto: o que eu faço aqui mesmo?

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