O primeiro filme do festival TRAFFIC que assisti. Iamos ver outro, mas o filme não chegou e assistimos esse. Talvez a surpresa por não saber do que se tratava demorou um pouco pra conectar-se a ideia do filme. Acho que se soubesse, teria sido melhor, mas não saber tornou a compreensão do filme um presente cruel.
- Título Original: Mata Tertutup
- Titulo Traduzido: Vendados
- Ano: 2011
- Direção: Garin Nugroho
- Local: Indonésia
Sinopse: Representado por três personagens, Rima, Jabir e Asimah, o filme aborda a atual situação da Indonésia focando principalmente em problemas familiares, crise econômica e frustração política. Dirigido por Garin Nugroho, o longa aborda a importância do diálogo, da abertura e da visão crítica na busca da identidade de cada criança da nação. (retirado do guia da TRAFFIC - com a correção dos nomes das personagens)
O filme
trata da intervenção de associações islâmicas na vida dos jovens excluídos do país.
A primeira história (se é que podemos falar assim, já que as histórias se misturam) é do Jabir, um garoto bem pobre que não sabe como ajudar a mãe - sua principal preocupação o filme todo. Foi conquistado por uma instituição islâmica e decidiu que a luta pela Jihad seria a melhor coisa que faria pela mãe.
A segunda história é da Rima, que está filiada a NII (algo como o Estado Islâmico da Indonésia) e embora a pregação seja de oportunidade pra todos, ela encontra sexismo dentro da instituição.
E a terceira é de uma mãe, cuja filha foi sequestrada pela NII e não se sabe mais notícias dela. Mostra a busca da mãe, seu desespero e a transformação em sua vida por causa desse fato.
O diretor fez uma ampla pesquisa pra fazer o filme. Ele aborda as escolas, o recrutamento feito de diversas fontes, massivo e violento. Assim como a violência cultural embutida depois do recrutamento.
O filme é uma crítica violenta ao que estão fazendo com os jovens, os seduzindo e aparentemente, os fazendo lutar por uma causa que não é a deles (verdadeiramente), mas como não possuem outras opções e tem a vontade da juventude de mudar o mundo, se filiam e lutam por ideais distorcidos.
O que eu pensei? Caralho, tem gente filha da puta em todo o lugar roubando dinheiros dos outros e usando a fé para causar mal as demais pessoas. Bem, não é coisa exclusiva de instituição evangélica isso.