domingo, 16 de setembro de 2007

O Ultimato Bourne


Certo: quem não sabe que eu sou fanzona do Jason Bourne? Agora já fica sabendo...

Hoje eu vi o filme, o último da trilogia e gamei novamente no Bourne. A atuação perfeita do Matt Damon contribuiu muito para essa paixão, suas expressões, seu porte de Jason Bourne. Sim, ele é tradução do Bourne dos livros do senhor Ludlum (muita luz pra ele, que ele merece!). Como leitora do livros eu ouso afirmar que o Matt fez uma brilhante atuação e trouxe aquele ar perdido e de reações violentas do Bourne.


O que realmente matou no filme foi a exploração porca a Treadstone Seventy One. Aquela história de "academia de assassinos" é furada e como exemplo do terceiro filme só serve pra interesses menores. Eu nunca gostei dessa atuação da Treadstone, em vista que no livro, ela era fundamental e tinha uma papel importante - manter a imagem de Jason Bourne, o Caim. Essa coisa de assassinos e matar pra salvar americanos só demonstra (principalmente o segundo item) a pobreza do enredo nisso. Tudo bem, quem ligou pra isso? Jason Bourne perfeito, esquecido e necessitado da Marie. Estava ótimo.

A forma violenta com a qual ele responde é impressionante. Isso do treinamento dele, Bourne, o grande assassino. As cenas de perseguição são fabulosas - mesmo com a câmera tremida - e eu as considero bem originais. A altura das cenas de perseguição ou infiltração do Bourne nos livros - referência clássica a destruição do Delta no Supremacia Bourne (e um viva por Delta, pena que ele não existe no cinema).



E eu jurava que ia ter um romance entre o Bourne e a Nicky, acho que me matava se isso acontecesse. Ainda bem que foi somente uma impressão e que ele reafirmou seu amor pela Marie. Um absurdo se houvesse algo entre eles. A participação da Nicky foi bem legal e ela ajudou bem o Bourne, em questão de tempo - pô estamos falando de Jason Bourne, o que ele não pode fazer???

E os assassinos não foram tão bons como os primeiros. O melhor de todos foi aquele do primeiro filme, interpretado pelo Clive Owen (maravilhoso!). Apresentou-se com mais audácia e inteligência. O do último filme, que matou o jornalista do The Guardian, também foi bem inteligente e sagaz. Por pouco o Bourne não enche ele de porrada - e as cenas de luta estavam MUITO boas... Sempre são, se superaram nesse filme, bater com um livro foi muito... criativo (?) - falta de adjetivo.


O que eu achei engraçado foi que a moral dos assassinos não foi abalada com a presença de Jason Bourne. Na verdade parecia que somente os chefes estavam entendendo a situação que tinham a frente, os funcionários pareciam e agiam de forma alheia. Gente, se sou eu, eu nem me ofereço... É Jason Bourne... Quais minhas chances? O cara é imortal e letal. Estão tentando matá-lo a anos e nada acontece e por que raios seria por uma bala minha? (e como disse o Samus: "é melhor que eu caia, antes que vocês fiquem sem munição" já dizia o grande V) Mas pelo menos o Jason se machuca... Isso é bom pra manter a humanidade dele... Se sangra, pode morrer, já dizia o Rei Conan. O problema mesmo é acertar ele...

Minhas palavras não expressão nem parte do que senti assistindo o filme. Na verdade, de como eu fico quando eu vejo personagens assim. Robert Ludlum é um gênios, seus personagens possuem uma bagagem inteligente e são perspicazes. Ele explora seus extremos, explora seus sentimentos e lembra que eles são humanos a todo momento. Nada mais lindo do que ver o David implorando pela Marie, sufocado pela sombra ameaçadora de Jason Bourne, ou vê-lo insano, apontando a arma pra ela e gritando na forma de Delta que ela não era sua esposa, sua amada. A tripla personalidade do David o torna único e a narração perfeita do Ludlum transforma Jason Bourne um personagem que vale a pena ser lido e conhecido - além de assistido, juro, adoro o Matt Damon como Jason Bourne, ele possui a essência do Bourne, seu olhar, sua postura, seu murmúrio ameaçador.

Jason Bourne tem tudo que eu mais gosto num personagem. Ele é simplesmente único e mortal. Fabuloso...

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