domingo, 18 de janeiro de 2015

Diário de bordo

Diário de bordo do passageiro seis de número dezoito oito quarenta e sete

A nave chegou ao destino B.

Este quadrante tem lindas estrelas e bons planetas. Pousamos num planeta e as habitações lembram casinhas de bonecas.

Estou satisfeita de ter chegado.

Agora, poderei traçar as rotas para os destinos C e D. Asterisco hífen asterisco.

Diário de bordo

Diário de bordo do passageiro seis de número dezoito quatro e doze

As condições atmosféricas sugerem ventos fortes e frio. Fiquei acomodada na área comum da nave enquanto observava sem emoção os demais desafiarem o clima em busca de satisfação dada pela droga que deve ser queimada e tragada. A grande parte dos viajantes da nave faz uso dela.

A sete e oito preferiram conversar a se submeter as ondas que induzem o sono, perturbando-me terrivelmente. Dentro da minha câmara, bati contra o vidro para que notassem minha frágil condição e que parassem de perturbar. O recado foi entendido e pude aproveitar as parcas condições de conforto da minha câmara por horas seguidas.

A nave está parada na estação espacial dois esperando permissão para iniciar a dobra e chegar ao ponto B.

Estou aguardando com certa impaciência a resolução das questões e acordo dos termos de entrada do novo quadrante.

sábado, 17 de janeiro de 2015

Diário de bordo

Diário de borbo do passageiro seis número dezessete vinte
(Sol - 20h - RS)

Diário de bordo

Diário de bordo do passageiro seis de número dezessete quinze quarenta e seis

O diário está com problemas técnicos. Não consigo encontrar um meio de corrigir os arquivos lançados no sistema, então, o diário é reescrito como se fosse novo.

A abundância de água desse lado do sistema planetar me assombrou. Minha terra natal seca e árida parece ainda mais seca e árida.

As construções também me deixaram pensativa. Estilos arquitetônicos pouco usados em minha terra, um novo mundo, sem dúvidas.

A nave parou em uma pequena lua e lá observei a outra dinâmica que os vivos poderiam dar aos mortos. Nunca havia visto um lugar de descanso sem altos muros ou grades. Parece-me que a cultura em relação aqueles que não mais aqui estão permite um lugar como o que eu vi.

A nave também fez uma pausa para reabastecer os tanques com matéria escura num lugar onde o chão e o ar eram feitos de uma substância quente, que queimava as narinas e emitia um calor horripilante pelas pernas - a verdadeira sensação de achar que será cozinhando vivo. Enquanto a nave mantém a criogenia para conservar nossos corpos entre a transição de pontos, a fuselagem resiste bem a ação violenta do lado de fora.

A passageira Oito é um hospital ambulante. Isso explicou as malas nos bancos e toda a confusão que ela e a Sete fizeram. Ela me explicou depois que a questionei do porque de tanta bagagem de mão. Ainda que ela tenha me explicado isso, ainda me pareceu bagunçando o fato dela não ter separado tudo em duas malas ao invés de usar seis malas.

A nave continua seu trajeto até uma das estações espaciais que vão permitir a entrada em outro quadrante do universo. Seguimos bem e em velocidade constante.

(estou com problema de negrito, esse app faz o que bem entende, depois eu corrijo)

Diário de bordo

Diário de bordo do passageiro seis de número dezessete sete e dezessete

A nave fez sua primeira parada. A estação não tem nada demais do que me foi aclamado a princípio. Mais pessoas a bordo.

Apesar das minhas críticas iniciais, o passageiro quatro deveria estar sob efeito de alguma substância ilícita. Ele não sossegou e teve a ousadia de gravar sua própria voz diversas vezes num dos programas de enviar mensagens. Um longo monólogo.

As passageiras Sete e oito subiram com toda as suas bagagens a bordo. Eu não entendi porque tantas malas não foram no compartimento de carga... Ou nos bagageiros suspensos.

Houve um congestionamento cerca de quatro horas atrás. As trilhas que marcavam a escuridão sumiram para dar lugar a luzes vermelhas e ansiosas. Grandes cargueiros ocupavam os lugares seguros.

A nave parece uma crio-câmara gigante. Do lado de fora apenas névoa e jatos de água derretida de algum cometa.

Diário de bordo

Diário de bordo do passageiro seis de número dezessete zero trinta e seis 

A saída da nave ocorreu sem perturbações. Fiquei aliviada de encontrar meu lugar e saber que tem uma vista favorável.

A nave possue incrementos tais que visam proporcionar um boa transição entre os pontos A e B de cada tripulante. Não tenho reclamações.

Outros tripulantes estavam eufóricos e desrespeitosos. Perguntei-me a razão disso. Agora parecem envolvidos em estágios de sono e talvez, não acordem. As crio-camas devem ter dado um jeito neles. Um deles ameaçou conversar ininterruptamente durante a travessia dos dois pontos dada a uma facilidade que a nave apresenta. Preocupei-me com esse aviso...

O caminho parecia interrompida com o tráfico de longos transportadores. Uma fileira muito longa deles. Ao menos, foi o que apurei. O caminho segue livre agora, pontos brilhantes na escuridão do céu.

Não há nada mais que a escuridão.

sábado, 3 de janeiro de 2015

Feliz Ano Novo (com as mesmas coisas de antes)

Com delay de alguns dias, a frase ainda vale, não é mesmo?

Do que eu gosto do final de ano? Do meu aniversário. A cada ano, vou desgostando mais e mais das festividades - que nunca vi sentido - e de como o povo fica animado para parecer mais do que é somente porque outros estão olhando.


Meu Natal foi passeando de bicicleta com meu pai. Fazia anos que não andava e me diverti muito, passando no corredor da paulista e indo até o minhocão. Claro que isso houve consequências dolorosas depois, minhas pernas tremiam e fiquei toda queimada. Mas não reclamei porque me divertido muito.


Então teve meu aniversário e minhas amigas vieram passar algum tempo comigo. Comprei um bolo de morango (porque eu e meu sobrinho gostamos de bolos de morango) e coxinhas, a Nani trouxe uma torta de atum. Foram horas divertidas e já fiquei satisfeita.

[esqueci de tirar foto da medalha de finisher do meu irmão]

Fim de ano e eu fui ver meu irmão correr a São Silvestre (isso merece um post só pra narrar como foi divertido, mas devo de outra corrida também que comecei a escrever e não terminei). Estava largada no sofá, após passar a tarde toda jogando com o Roger e a Marise - porque jogar L4D2 com eles foi muito divertido! Depois eu fui ver os jogos na janela, enquanto meus bichos ficaram enlouquecidos por causa do barulho. Eu gosto dos fogos, mas reconheço que isso não faz bem a eles - razão pela qual geralmente fico em casa nessa data porque acho meus bichos mais importantes do que ficar 'bêbada' em outro lugar.



Primeiro dia do ano e um vento derrubou uma árvore aqui na rua. Ela continua lá, caida, bloqueando a passagem. Pobre árvore estava com cupins, assim como muitas árvores em Sampa. Antes eles passavam cal para diminuir o ataque das pragas, mas já se foi o tempo que se preocupar com isso valia a pena. Agora a cidade conhece o resultado por esse descaso.

Mas conhecer descaso é algo que estamos vivendo com toda a força.

Ano novo, melhorias para nós. Como professora, desejo que as palavras da presidente Dilma sobre melhorias na educação sejam de verdade - mesmo com o ministro pífio que ela recrutou para tal missão.
Ano novo e vamos adiante. Povo ainda tá reclamando porque o PT ganhou? Pois é, ganhou e dura 4 anos. Lide com isso. Estão reclamando dos ministros escolhidos para cuidar da Economia, mas deveriam saber que essas pessoas seriam escolhidas pelo PSDB se eles tivessem ganhado a presidência. Então, pesquisar que é bom, o povo não faz nada.
Ano novo e um pouco mais de caridade. Uma que seja de verdade porque ficar ostentando as coisas é pura vaidade.
Ano novo e meu treino contra a procrastinação... Tá foda viver assim.