quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

1. Margarina

Não existe nada de errado com o 1, é assim mesmo. Como eu escrevi, eu tinha a ideia de começar um novo blog onde publicaria algumas histórias narradas com meu senso de humor sarcástico (???), mas resolvi que esse blog tá aqui, tá funcional e pode servir para isso também.

Bora lá então.



Ontem foi um dos dias que estava sem qualquer pensamento em mente enquanto passava margarina no pão. Então, notei que não era da marca costumeira, eu gosto de Qually, mas meu irmão acha que é caro, então, comprou uma mais em conta - mas não uma vagabunda. O que foi bom, afinal, quantas vezes já brigamos por isso?

Foi quando tive um acesso de riso. Eu escutei a voz do Samus na minha cabeça, relembrando eventos de um passado bem distante. "Ao menos, ter dinheiro para comprar uma margarina melhor... Melhor do que Mesa". Para os perdidos, Mesa é uma marca de margarina horrível, não sei como alguém consegue comer aquilo - na verdade, ela tem sua margem de vendas e tem gente que não se importa, e eu, não deveria julgar tanto, afinal, as pessoas comem o que elas acham que devem comer e estamos todos combinados assim.

E tudo aconteceu muitos anos atrás, quando o Samus estava ainda na faculdade e morava numa república que tinha sido uma funerária. Eu não tinha ideia de como era morar numa rep e de como era miserável a vida de estudante, a gente não tem muita certeza dessas coisas até estar na mesma situação ou, ao menos, ver com os próprios olhos. Eu lembro de estar falando com ele sobre a vida que ele tinha e Samus estava me falando que estava cansado de comer comida ruim. E que tinha que sobrar dinheiro para comprar, ao menos, uma margarina decente que não fosse Mesa. "Mesa, droga de margarina..." ele repetiu com desprezo.

Passei anos rindo disso. Sempre lembrava dessa conversa. Ainda lembro. Sempre vou lembrar.

Quando fui morar numa república e pensava na comida ruim, eu escutava a voz dele. A gente tem que aprender alguma coisa da experiencia dos amigos ou seremos uma constante repetição de erros. Quando ele foi me visitar na minha rep, não tinha Mesa esperando por ele na geladeira (e muito provavelmente, eu devo ter feito uma piada a respeito disso). Sempre pensei que deveríamos comer uma margarina melhor, mesmo que ela custasse um pouco mais caro. Meu irmão não pensa assim, embora afirme que sente a diferença no gosto (algo que eu duvido), ele não se importa. Ele não comprou uma marca ruim dessa vez, mas se ele economizar trocando de marca, é o que ele vai fazer.

Ele diz que sou fresca. É, talvez eu seja mesmo.

Até posso entender, com a crise e tudo mais. Fazer o dinheiro durar é o mais importante. As vezes, ele exagera. O que adianta comprar algo mais barato se é ruim (o problema aqui é o ruim, existem coisas boas baratas)? O pior é ouvir ele se queixando que é ruim... Essa economia vale mesmo a pena? Quer dizer, nunca fui capaz de entender isso porque não faz o menor sentido para mim.

De qualquer modo, estava rindo por ter escutado a voz de Samus reclamando da margarina. Acredito que vou ouvir isso até o fim dos meus dias. As melhores razões para lembrar de seus amigos são aqueles momentos que eles fizeram descobertas e que abandonaram a antiga vida que levavam antes, com pensamentos que não serviam mais ou atitudes que não levavam a nada. Nesse caso, a economia em algo mais barato nunca fez sentido porque a margarina era uma droga.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

As desculpas de sempre são as desculpas de sempre

Postagem para mim mesma:
Eu queria não abandonar o blog, mas é algo que sempre faço.
Eu sempre me desculpo na esperança de não me sentir tão mal por isso, mas o fato é que faço isso novamente.
Então, minhas desculpas são as mesmas desculpas de sempre. Faz quase 10 anos que tenho esse blog.
Eu até ia criar outro blog para postar umas histórias engraçadas e pensei que não seria necessário já que tenho esse.
Eu gosto de começar coisas novas, mas preciso de mais concentração para terminar o que comecei. Digo isso por minhas histórias mesmo.
Enfim, vou parar de me desculpar.
E começar a fazer mais.

Como diria o Chef Didier de "Férias da Minha Vida": the start isn't nearly as important as the finish.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

Lucifer - episódio dois

Acabei de assistir o segundo episódio do seriado "Lucifer" e estou muito frustrada. Bastante mesmo. Perto do piloto que passou na semana passada, esse episódio foi bem fraco. Bem mesmo.

Eu estava bem animada. Eu tinha adorado o piloto e recomendei para um monte de gente, crente que ia ser bom. Mas que broxante esse segundo episódio. Tudo bem, não totalmente, o final salvou tudo.

Não tenho nada contra o diabo ser um outro cara, mas ele ainda é o diabo. Por favor, não vamos forçar assim a amizade, ele precisa dos seus toques de maldade, o que esse esse episódio deixou muito a desejar.

Assim como outros, assim que soube desse seriado, não pude pensar no melhor diabo de todos que foi interpretado pelo John Glover em Brimstone - para sempre meu seriado favorito. Todo mundo que me conhece já ouviu falar desse seriado porque é ótimo! (há!)

A diferença entre os dois diabos está no que concerne a mudança deles. O de Brimstone não tinha a liberdade que o de Lucifer possuiu, mas tinha poderes absolutos e sabia quem era. E é justamente isso que me incomoda no diabo de Lucifer, que apesar de muito charmoso e sarcástico (fabulosa atuação do Tom Ellis), parece que não sabe quem é, embora fique falando de si mesmo o tempo todo (fabuloso novamente!).

Talvez tenha sido só um episódio fraco, mas é esperado mais coisas ruins porque ele é o Diabo, independente do que venha a se tornar depois disso, e é algo que não pode ser esquecido ou deixado de lado. Pelamor, o cara destruiu a vida do homem no paraíso e não vai fazer nada na Terra cercado de humanos imbecis?

E para relembrar, meu detetive favorito e o Diabo:


SAUDADES BRIMSTONE!