quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Pichação

Eu não gosto de pichação! Simples assim!

Segunda-feira, chegando da escola, eu vejo uns skatistas fitando a minha casa. Entrei e eles subiram a rua e picharam o muro da industria do outro lado da rua.

Eu fiquei puta, claro. Eu odeio pichação! Existem tantas coisas que acho odiosas e é claro, que isso se encaixa nessa lista, tanto por ser algo odioso como uma violência. Exatamente isso, considero uma violência, por que seria diferente?

Meus pais vieram para esse país e se esforçaram para encontrar dinheiro, manter a família e comprar essa casa. Quem um maloqueiro acha que é para vir aqui e pichar o nome dele? Essa casa não é propriedade de um vagabundo, nunca foi e nunca será. Quando eu penso nos esforços dos meus pais e de tudo o que fizeram, eu fico puta em pensar que um cara veio e pichou declarando aquele ponto dele. Se tinha que ter uma pichação, seria com o nome dos meus pais!

Pichação é mesma uma maldição nessa cidade. É uma das coisas mais feias que se pode fazer com as letras. De grafite, eu gosto, ai sim está uma arte e tem toda uma história que consagra esse movimento, mas pichação não. Nunca gostarei.

Minha casa é pichada. O sogro do meu irmão consertou um pedaço do muro e vieram uns vagabundos pichar. Eu fiquei horrorizada e com muita raiva. Não, simplesmente não para essas pessoas. Se eu tivesse visto, tinha arremessado uma garrafa, vai pichar a casa da mãe.

Esse post era só para isso, para dizer que odeio. Odeio mesmo. Quero que se foda quem acha legal, piche a própria casa então e não vem fazer isso na minha.

quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Corrida de rua - XIII Troféu da Independência do Brasil

Eu fiz essa postagem na data certa e por algum motivo, não publicou, então, fazendo jus ao que já escrevi, postando novamente.


Hoje, dia 7 de Setembro, teve mais uma corrida de rua. Dessa vez, no Museu Paulista, aqui no Ipiranga - lugar histórico já que teoricamente, Dom Pedro proclamou a independência. do Brasil. "Independência ou Morte" uma escolha bastante razoável.

Mais de 6 mil inscritos para 5 ou 10 km. Meu irmão foi pelos 10km. Corrida que contou com quenianos porque o primeiro lugar recebia premiação em dinheiro. Nem preciso dizer como eles correm.

Ouvi pessoas reclamando da participação deles, já que a premiação do primeiro lugar era de R$ 800,00, mas se estão pagando, por que eles não correriam? Povo chateado porque não tem chances contra eles, e de fato, não tem mesmo. Mas amigo, são 800 conto, se acha pouco para um queniano participar, é pouco para você também.

Ao meu ver, não estava tão bem organizado quanto as demais corridas que já estive. Ficou confuso e os corredores dos 5km nem foram muito prestigiados porque a chegada deles era diferente da chegada dos 10km. Eu mesma fiquei nos 5kms e depois vi que estava errada.

Como sempre, a boa vontade do povo em aplaudir os corredores. Eu aplaudo a todos, eles fizeram seu esforço e chegaram até o final, mesmo que não seja nas colocações mais prestigiadas. Eu acredito que é importante dar apoio as pessoas na causas corretas e a prática do atletismo é solitária, se alguém aplaudir os esforços, a pessoa pode se sentir ainda melhor por ter completado aquele objetivo.

De qualquer modo, eu fui para a chegada dos 10kms. O queniano fez a prova em 30 minutos, simples assim quando se tratam deles, eles correm demais. Claro que aplaudi loucamente, ele nem parecia muito cansado e eu acho que ele correm com leveza, parece que nem tocam o chão, tão flutuando no ar. É muito legal ver eles correndo por causa disso.

Pessoal foi chegando e meu irmão mais novo chegou. Ele ficou impressionado porque eu aplaudia a todos e eu fiquei o.O. Parece normal fazer isso, claro que não faço o tempo todo, mas aplaudo. Ele chegou pouco depois do cego ter cruzado a chegada com seu acompanhante. Eu sempre fico feliz quando eu vejo essas pessoas, não pela dificuldade em si da corrida para alguém que não pode ver o caminho, mas sim pela total confiança na instrução do guia que vai com ele. A ligação entre os dois deve ser intensa, mesmo que não na vida particular, e sim no momento 'solitário' da corrida, eles não estão sozinhos, os dois correm juntos.

Meu irmão chegou pouco tempo depois. Como sempre, não deu para tirar a foto dele. Precisamos de uma câmera fotográfica melhor, que capture esses momentos rápidos. Ele ficou feliz por o outro irmão estar ali.

Relembrando High~


When you're close to tears remember
Someday it'll all be over
One day we're gonna get so high
Though it's darker than December
What's ahead is a different colour
One day we're gonna get so high
And at the end of the day remember the days
When we were close to the end
And wonder how we made it through the night
At the end of the day
Remember the way
We stayed so close to the end
We'll remember it was me and you
Cause we are gonna be
Forever, you and me
You will
Always keep it flying high in the sky
Of love

domingo, 12 de outubro de 2014

Pensamentos

"Algumas vezes, eu observava que a beleza de certas situações não se media pelo meu nível de vaidade. Bem longe disso. Na verdade, eu não deveria medir nada. A situação tinha surgido, eu não desgostava daquela criança, mas também, não podia suportar uma atitude como aquela. Havia certeza errada e uma atitude que era realmente equivocada. Me perguntava o quanto eu poderia suportar, quanto poderia lidar. Os olhos eram maliciosos, cheios de afronta. Quando eu respondi, eu usei tudo o que aprendi quando conheci pessoas que não fizeram as coisas certas na vida, foi como eles que eu falei com uma criança e então, ele tremeu. Em algum lugar, um instinto de sobrevivência apareceu, eu sabia porque ele cheirava a isso. Ele arregalou os olhos e,  por segundos calculados, considerou cada palavra dita da forma mais cruel possível. Quando eu me virei, foi que ele começou com as provocações, incapaz de ser direto, e eu voltei a reagir da mesma forma, o tom baixo que eu não utilizava em muito tempo. Então, assim como para ele, foi para mim também, aquele estalo que indicava o nível da situação. Foi um click de o que você pensa que está fazendo? não poderia ser assim, não poderia ser dessa forma. Estou treinando o amor e a calma, como poderia reagir assim? por que jogar tudo no lixo, meses de tratamento e de ponto de vista melhores. Talvez eu devesse ter posto meu nome na caixa de vibrações, talvez tudo sido gerado por mim. O encontro e o debate com a violência só geraria mais violência. Enquanto eu encarava a criança que fugia do meu olhar, notei que a situação havia ficado insuportável mas que poderia ser concertada. Não quis piorar mais, falei com o mesmo tom, ainda do jeito que aquelas pessoas haviam ensinado e falei a verdade a criança. Que eu tinha me preocupado com a situação dele, que tinha me interessado em ver ele melhorar, que pedira ajuda para a situação dele e que tudo o que recebi de volta foi hostilidade. Ele me encarou surpreso e descrente com as minhas afirmações.  Falei é triste que aja assim, esfaqueando por trás quem quer te ajudar, faz o seguinte, continua sem mim porque eu não gosto disso e não ajudo mais porque não merece. Ele abaixou a cabeça e eu sentei na minha mesa e pensei sobre o que tinha acontecido. Pensei sobre isso e aprendi um pouco mais sobre mim. Queria que o mundo fosse um lugar melhor, mas ele é justo com quem é justo e violento com quem é violento. Tudo na mesma moeda, tudo do mesmo jeito. Justiça por justiça, violência por violência. Queria que essa criança compreendesse isso. No entanto, ele não se importa. E eu, infelizmente, sim."

Libertação desses pensamentos porque isso está me matando.
Talvez quando eu ler isso no futuro, eu não pense que tenha sido tão errado como eu acho que foi.

Faz tanto tempo que não pensava nesse passado nefasto, as vezes eu me assusto com o quanto eu lembro e o quanto eu posso reproduzir de tudo o que aprendi. Ao menos, não aprendi só coisas ruins, muitas foram boas e outras revoltantes. Deve ser por isso que tenho pouca tolerância sobre o que as pessoas acham de coisas que elas acham que sabem a respeito.